Atendimento
O Grupo de jovens Roda Viva de Erechim, formado em 1968, teve intensas atividades por cerca de uma década. Ele foi criado com incentivos de religiosas do Colégio São José e sempre teve o acompanhamento de um padre. A maioria de seus integrantes eram jovens, filhos de agricultores, moradores dos municípios da região, que estavam em Erechim para estudar e trabalhar.
Sem muitas opções de amizades e entretenimento, os jovens começaram a discutir a formação do grupo com o objetivo de promover atividades culturais, sociais e de integração. Um por todos, todos por um, o grupo se fortaleceu e passou a trabalhar, levando lazer e entretenimento para vários segmentos da comunidade regional.
Aos poucos a agenda nos fins de semana ficava lotada por meses, com jogos de futebol, apresentações teatrais e de música. Era o Grupo Roda Viva que levava entretenimento ao presídio, ao asilo, ao orfanato, aos doentes que se tratavam nos hospitais em Erechim, entre tantos outros.
Jovens saudáveis que de forma organizada tinham como objetivo comum a prática da convivência em comunidade. Foi assim por uma década, quando começou se dispersar, por razões óbvias: enquanto alguns começaram a formar a família, outros foram estudar ou trabalhar em centros maiores.
Cinquenta e cinco anos depois, no último fim de semana, a nostalgia falou mais alto. Ninguém com menos de 65 anos, experientes e com uma vitalidade impressionante, o Grupo Roda Viva se encontrou em Erechim para dar fim ao que perturbava o coração de cada um: a saudade. No Seminário Nossa Senhora de Fátima a primeira atividade do dia foi assistir a missa, celebrada pelo padre Milton Matias, com quem conviveram e trabalharam há mais de meio século.
Depois do almoço no Clube 14 de Julho aconteceu até uma “reunião dançante”, mas no meio da tarde o grupo voltou a se dispersar e retomar o convívio dos filhos, os netos, os bisnetos, em São Paulo, no Paraná, no Mato Grosso, no litoral de SC. Ficou a promessa de um novo encontro no próximo ano.
