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Há exatos 100 anos, no dia 23 de agosto de 1922, nascia na comunidade de Barro, atualmente a cidade de Gaurama, Dona Emília Irena Thomé, filha de imigrantes alemães, que trabalhavam no campo e no comércio. A mais nova centenária de Erechim, relembra com carinho ao lado da família sua trajetória.
Com o quadro onde está a foto da casa onde viveu na infância, lembra do pai e dos irmãos. “Aqui eram os quartos, ali uma despensa”, explica ela ao mostrar o registro, com muita lucidez.
Ainda na juventude, Dona Emília, foi professora, ensinava as crianças a ler no período do dia e a noite os adultos. “Naquele tempo ainda era solteira, quando parei e fui embora, eles choravam de saudade, assim como eu”, comenta.
Foi jovem também, que chegou à “Capital da Amizade”, onde conheceu o esposo já falecido, Raimundo Luft e se casou. Dedicada a família, mesmo após a partida do marido, ainda na década de 1960, Dona Emília, seguiu com a missão de cuidar de oito filhos, um deles adotivo. Hoje além dos filhos, são 17 netos e 12 bisnetos.
Paixão pelo futebol
Ao lado da família, principalmente das filhas, muitas recordações da história e a revelação de um segredo especial, Dona Emília é apaixonada pelo Internacional e pelo Ypiranga de Erechim, time que na última semana completou 98 anos. “Quando era mais jovem ia com meu pai no estádio ver os jogos. Hoje ela sempre que pode acompanha pela televisão”, comentou uma das filhas.
Carinho da família
No sábado, dia 20 a centenária recebeu um presente especial, a visita de toda a família, em um almoço de confraternização.
Segredo do Centenário
Perguntada sobre qual o segredo para se chegar a 100 anos, com humor e seriedade, Dona Emilia conta que é o respeito ao próximo.
“Eu nunca imaginei chegar aos 100 anos, mas estou muito feliz por esse momento. O segredo para mim é ajudar as pessoas, foi isso que fiz durante a minha vida, sempre que pude ensinei meus filhos a respeitar e ajudar os outros.”
Recado aos mais jovens
Dona Emília, viu a cidade de Erechim crescer. Quando nasceu, o município tinha apenas 4 anos, também acompanhou a construção de ruas, chegada de tecnologias como rádio, cinema e a televisão. Além de presenciar momentos históricos, como a fundação do Estádio do Ypiranga na década de 1970 e também a passagem do trem pela cidade.
Por isso, com tanta experiência, a reportagem pediu uma mensagem aos mais jovens, que foi dada em poucas palavras: “Respeitem a todos”.
