Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rio Grande do Sul

Mais de 300 cidades gaúchas atingem a meta da vacinação da poliomelite

A meta de cobertura de ao menos 95% do público foi alcançada em 321 cidades. Na média, o percentual no RS ficou em 76%

o sul
por  o sul
24/10/2022 17:35 – atualizado há 9 meses
Continua depois da publicidadePublicidade

Mais de 420 mil crianças entre 1 e 4 anos de idade foram vacinadas na campanha de vacinação contra a poliomielite no Rio Grande do Sul, encerrada no último sábado (22). A meta de cobertura de ao menos 95% do público foi alcançada em 321 cidades. Na média, o percentual no RS ficou em 76%.

  • População total estimada RS 1-4 anos: 553.814
  • Total vacinadas: 420.679 (75,9%)

Coberturas por idade

  • 1 ano: 79,8%
  • 2 anos: 71,3%
  • 3 anos: 75,0%
  • 4 anos: 78,1%

Oficialmente, os dados serão conhecidos na próxima semana, já que o sistema de registro do Ministério da Saúde estará aberto até o dia 31 deste mês para digitação das doses aplicadas durante a campanha.

Apesar do término da campanha, a vacinação contra a pólio segue disponível nas Unidades Básicas de Saúde. A diferença é que na campanha a vacinação é indiscriminada para todas crianças na faixa etária de 1 a 4 anos, enquanto na rotina ela ocorre em idades específicas, conforme esquema abaixo:

Idade – dose

  • 2 meses – 1ª dose (injetável)
  • 4 meses – 2ª dose (injetável)
  • 6 meses – 3ª dose (injetável)
  • 15 meses – 1º reforço (“gotinha”)
  • 4 anos – 2º reforço (“gotinha”)

Risco da volta da doença

Conforme a especialista Adriana Zanon, do Núcleo de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a importância de mantermos as coberturas vacinais adequadas (acima de 95%) contra a poliomielite é a busca de um território seguro para a não reintrodução do vírus.

Segundo ela, o Brasil registrou no final dos anos 80 o seu último caso de pólio e vem ao longo das décadas desempenhando um bom papel na busca de coberturas vacinais, mas, desde 2015, tem-se observado um decréscimo nas coberturas vacinais da pólio e outras vacinas também.

“Isso faz com que a gente tenha grupos de bolsões de suscetíveis, ou seja, se houver a reintrodução do vírus, nós teremos em função dessas baixas coberturas a possibilidade da circulação do vírus e do reaparecimento de casos”, afirma.

Ainda hoje há dois países no mundo com circulação do vírus: Afeganistão e o Paquistão. Neste ano, houve ainda um caso confirmado nos Estados Unidos.

Um estudo recente da Organização Pan-Americana da Saúde e do Ministério da Saúde apontou o Rio Grande do Sul como um local com risco de reintrodução do vírus. São 367 municípios, o que é em torno de 73% de todos as cidades gaúchas, consideradas como de grande risco de volta ter casos de pólio em função do não atingimento ao longo dos últimos anos de cobertura vacinal.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE