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Rio Grande do Sul

Imunização contra a febre amarela é intensificada em 30 municípios gaúchos

Doença é transmitida por mosquito infectado.

O Sul
por  O Sul
10/02/2021 21:55 – atualizado há 2 anos
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Paralelamente à mobilização que envolve a ofensiva contra o coronavírus, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do Rio Grande do Sul também está intensificando a vacinação contra a febre amarela. A prioridade são 26 municípios localizados nas regiões Norte, Litoral, Serra e Vale do Paranhana.

Conforme o governo gaúcho, a medida é motivada pela confirmação da morte de quatro macacos bugios na área de floresta de Pinhal da Serra (divisa com Santa Catarina). Outros casos envolvendo primatas contaminados já estão sendo investigados em Monte Alegre dos Campos (Serra) e Barracão (Região Norte).

Os bugios e os macacos-prego não causam riscos à população humana e são considerados “sentinelas” da doença, pois servem como indicadores da presença do vírus no ambiente silvestre. Tanto esses animais quanto o homem não vacinado só contraem a febre amarela depois de picados pelo mosquito transmissor (Haemagogus).

Quem reside ou frequenta áreas de floresta deve, inclusive, notificar as autoridades municipais no caso de encontrar algum primata morto na localidade.

A imunização deve ser intensificada pelas secretarias municipais de saúde, com a busca ativa de quem não recebeu a injeção preventiva. Pessoas que não têm comprovação vacinal deverão ser consideradas não vacinados e devem se dirigir às Unidades Básicas de Saúde dos seguintes municípios:

Barracão; Bom Jesus; Cambará do Sul; Caará, Dom Pedrito de Alcantara, Esmeralda, Itati, Jaquirana, Machadinho, Mampituba, Maquiné, Maximiliano de Almeida, Monte Alegre dos Campos, Morrinhos do Sul, Osório, Pinhal da Serra, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São José dos Ausentes, Terra de Areia, Torres, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Vacaria.

Experiência

A vigilância integrada da febre amarela é realizada no Rio Grande do Sul há mais de 20 anos e de forma permanente. Segundo a diretora do Cevs, Cynthia Bastos Molina, “sempre há uma equipe técnica nos territórios apontados como prioritários”.

Também ligado ao órgão, o biológo Jader da Cruz Cardoso ressalta que essa vigilância permanente permitiu encontrar quatro bugios mortos desde o início do ano:

“Esses achados motivaram a equipe a se deslocar até os pontos indicados para uma investigação minuciosa. Além disso, a Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde do Cevs continua recebendo amostras de bugios mortos para exame de confirmação de febre amarela”.

O especialista acrescenta que o monitoramento da progressão do vírus em outros Estados detectou sua chegada em Santa Catarina em março de 2019, aumentando os níveis de alerta. Nesse sentido, foi elaborado um Plano de Contingência que permitiu a formação de uma equipe de referência estadual, formada por biólogos e veterinários das Coordenadorias Regionais de Saúde.

A finalidade é colocar em prática um plano de ação que consistia na capacitação de profissionais de saúde e entrevista com moradores de áreas de mata nos municípios prioritários (divisa com Santa Catarina e Litoral Norte inseridos na Mata Atlântica), considerando a possível rota de entrada do vírus no Estado.

A vacina

Os casos leves da doença incluem febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Já os quadros mais graves podem levar a doenças cardíacas, hepáticas e renais, com risco de morte.

A melhor forma de prevenção à febre amarela é a vacinação. O imunizante utilizado no Brasil é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e está disponível nas Unidades básicas de Saúde dos municípios gaúchos.

Também é importante ressaltar a importância do uso de repelentes em ambientes silvestres, observando-se as recomendações de cada fabricante em relação ao prazo de ação efetiva de cada produto.

Crianças devem tomar a primeira dose aos nove meses e um reforço aos 4 anos. A partir dos 5 anos, quem não recebeu o imunizante pode tomar apenas uma dose, que é única e deve ser aplicada até os 59 anos.

Depois dessa idade, bem como no caso de gestantes e mulheres em fase de amamentação, a vacina é indicada somente em situações especiais (emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, mediante a avaliação de risco/benefício, feita por um médico).

Em mulheres que estejam amamentando, pode-se considerar a suspensão do aleitamento materno por dez dias. Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas segundo orientações do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais.

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