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Novembro foi marcado por enchentes em diversos rios do Rio Grande do Sul, resultando em milhares de pessoas desabrigadas. A situação está se normalizando nas áreas afetadas, exceto em Uruguaiana, onde ocorre a pior cheia do Uruguai em 40 anos.
Desde o mês de junho, os moradores do Rio Grande do Sul enfrentaram uma série de grandes enchentes. A primeira ocorreu durante o ciclone em junho, resultando em graves inundações no Litoral Norte, nos vales e na região metropolitana de Porto Alegre, com 16 mortes. Em setembro, houve enchentes em várias regiões gaúchas e uma catástrofe no Vale do Taquari, com mais de 50 vítimas fatais. Em novembro, ocorreram enchentes históricas e outras quatro mortes.
No último domingo, o Rio Caí atingiu em Montenegro a maior marca desde a enchente de 1941, chegando a 9,01 metros. Em 1941, o nível máximo foi de 9,20 metros. Na última terça-feira, o Rio Guaíba alcançou 3,46 metros, a maior marca desde 1941 e a terceira maior da história, ficando atrás apenas dos 4,76 metros de 1941 e dos 3,50 metros de 1873. Atualmente, o Rio Uruguai no Oeste registra a maior enchente desde 1983.
Há um alto risco de que o Sul do Brasil enfrente novas enchentes nos últimos dias de 2023. É improvável que rios como o Guaíba, Taquari e Caí atinjam picos tão extremos novamente. A Metade Oeste do Rio Grande do Sul é considerada especialmente vulnerável, com rios como o Uruguai, Ibicuí, Santa Maria e Quaraí.
Durante o El Niño, os maiores volumes de chuva ocorrem no inverno e na primavera, às vezes também no outono do ano seguinte. No Rio Grande do Sul, nunca houve um El Niño com os maiores volumes de chuva no verão, mas episódios regionais de chuva excessiva podem ocorrer durante o trimestre de verão (dezembro a fevereiro).
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