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As exportações de carne bovina do Brasil fecharam o ano de 2023 na posição de destaque no cenário global, representando cerca de 25% do total exportado mundialmente. O setor experimentou um aumento significativo de 8,20% na quantidade de carne embarcada em comparação com o ano anterior. No mercado interno, a produção nacional atingiu a marca de 9,242 milhões de toneladas, proporcionando uma disponibilidade interna de 31,4 quilos por habitante ao ano.
Os desafios logísticos, ainda impactados pela pandemia da Covid-19 e o conflito entre Ucrânia e Rússia, contribuíram para um aumento geral nos preços das commodities no cenário internacional. Essa situação afetou tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Após um ano de 2022 com receitas recordes nas exportações de carne, o setor retomou gradualmente a normalidade ao longo do ano seguinte.
No primeiro semestre de 2023, o fluxo de entregas foi temporariamente reduzido devido a um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como "vaca louca", registrado em uma fazenda no estado do Pará em 22 de fevereiro. Apesar de representar um risco insignificante, esse foco levou à suspensão temporária das exportações brasileiras para a China, conforme o protocolo estabelecido entre os dois países. A partir de 23 de março de 2023, as exportações foram retomadas, com autorização para embarques de produtos desossados com menos de 30 meses de idade.
Ao longo do ano, aproximadamente dois sextos do volume total exportado pelo Brasil foram direcionados a importantes parceiros comerciais, destacando-se a China (47,7%), Estados Unidos (9,4%), Chile (2,7%), Hong Kong (2,5%) e Emirados Árabes (2,3%). Outros países, como Egito, Rússia, Arábia Saudita e Reino Unido, também figuraram entre os destinos das exportações brasileiras.
Para os próximos anos, a expectativa é que a bovinocultura de corte amplie sua produção, adotando práticas sustentáveis para preservação do meio ambiente.
