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Mundo

Atum Azul, peixe mais caro do mundo foi vendido por R$ 14 milhões

É quase inacreditável imaginar que um pedaço de carne do Atum Azul possa valer tanto quanto um diamante raro.

Agronews
por  Agronews
01/09/2023 18:24 – atualizado há 54 segundos
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O Atum Azul é considerado uma relíquia dos mares e quem saboreia um pedacinho é com certeza aquele mesmo cara granfino citado na música do Zeca Pagodinho

Imagine um peixe tão valioso que seu preço possa chegar a alcançar os incríveis US$ 3 milhões de dólares, isso no Brasil representaria a quantia de R$ 14 milhões de reais! Bem-vindo ao mundo do “Atum Azul“, também conhecido como o “Rei dos Atuns“. Este majestoso representante da vida marinha é mais do que um simples alimento – ele é uma preciosidade que está enfrentando sérios riscos.

No Japão, a terra do sushi e da culinária requintada, esse peixe extraordinário foi destaque em um leilão épico em 2019, alcançando a espantosa marca de US$ 3,1 milhões. O dono da cadeia de sushi, Kiyoshi Kimura, comprou o imenso Atum Azul do Pacífico, de 278 Kg, em um leilão no mercado de peixe de Tóquio. O peixe foi vendido por um recorde de ¥ 333,6 milhões de ienes, mais de R$ 14 milhões de reais. É quase inacreditável imaginar que um pedaço de carne do Atum Azul possa valer tanto quanto um diamante raro.

Para os amantes da gastronomia, a chance de saborear essa iguaria é mais “acessível” em terras brasileiras, com preços variando de R$ 500 a R$ 800 por quilo, dependendo do corte escolhido. Já no Japão, a história é um pouco diferente, com preços que podem atingir até R$ 1500 por quilo em dias comuns.

Qual o segredo do sucesso?

Mas o que torna esse peixe tão especial? O Atum Azul não apenas é uma fonte rica em minerais, proteínas, ômega 3 e vitaminas essenciais para o corpo, mas também é conhecido por sua carne única em textura. Sua carne incrivelmente macia, devido ao alto teor de gordura, é um verdadeiro deleite para os paladares mais exigentes.

A semelhança com o famoso Wagyu japonês, o rei da carne bovina, não passa despercebida. Ambos são produtos de qualidade superior e ricos em sabor, sendo considerados verdadeiras joias culinárias.

No entanto, a busca por esse tesouro submarino tem um preço – e não estamos falando apenas do valor monetário. A captura do Atum Azul exige tecnologia de ponta e embarcações de última geração, o que resulta em custos elevados para os pescadores. A demanda intensa por esse peixe e os leilões no Japão só contribuem para aumentar ainda mais seu valor.

Cortes premium

O corte mais cobiçado é o “toro”, localizado na barriga do peixe e rico em gordura. E esses não são peixes pequenos! Os “bluefins” importados podem chegar a pesar até 200 kg no Brasil. Alguns exemplares são verdadeiramente gigantescos, com incríveis 2,5 metros de comprimento e um peso impressionante de 600 kg!

A singularidade e o sabor excepcional do Atum Azul estão ameaçados, pois ele é agora considerado uma espécie em perigo de extinção. A pesca excessiva e a poluição dos oceanos estão contribuindo para uma diminuição alarmante da população desse majestoso atum.

No entanto, a captura desse tesouro marinho é regulamentada por normas internacionais. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar estabelece regras para a pesca em águas internacionais, e a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) supervisiona as cotas de pesca para diversas espécies de atuns, incluindo o Atum Azul.

No Brasil, a portaria 445 de 2014 proíbe a pesca do Atum Azul do Atlântico, visando a preservação dessa espécie. Apesar de chegar até a costa do Maranhão, o Brasil não possui as tecnologias avançadas necessárias para pescar essa joia dos oceanos, que habita profundezas de até 1 km.

Em última análise, a história do Atum Azul é um lembrete de como a preciosidade da natureza pode estar sob ameaça. A busca por seu sabor único e a experiência gastronômica sublime estão se chocando com a necessidade urgente de proteger a vida marinha e nossos oceanos. Com cada mordida nesse peixe excepcional, é importante lembrar do delicado equilíbrio que mantém nossa biosfera em harmonia.

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