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Agro

Webinar sobre Água no Meio Rural é destaque na Semana da Água 2020

O objetivo é dar visibilidade a tratamentos alternativos de água no meio rural, nesse momento de pandemia e de distanciamento social, em que a água é tão importante na higiene e na saúde da população.

Assessoria
por  Assessoria
30/09/2020 23:58 – atualizado há 3 anos
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É nesta quinta-feira (1º/10), com início às 14h30, através do canal do YouTube da Emater/RS-Ascar, o Webinar sobre Abastecimento de Água no Meio Rural – Um desafio a ser enfrentado. Participam representantes da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Federação das Associações dos Municípios (Famurs), Assembleia Legislativa, Centro Estadual de Vigilância em Saúde e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Cevs - Vigiágua) e da Emater/RS-Ascar.

O objetivo é dar visibilidade a tratamentos alternativos de água no meio rural, nesse momento de pandemia e de distanciamento social, em que a água é tão importante na higiene e na saúde da população. Nesse contexto, os organizadores da 27ª Semana Interamericana e a 20ª Semana Estadual da Água (@semanadaaguars) definiram como tema central "Cuide da Água. Compartilhe saúde", com a realização de atividades virtuais de celebração à água pelo Estado.

Durante o Webinar serão apresentadas duas experiências relacionadas à proteção da água e à garantia do abastecimento com qualidade e quantidade. Do município de Sinimbu, a extensionista na época, Paula Sabrina Mallmann, atualmente em Vera Cruz, incentivou a criação do Programa Municipal para Proteção de Nascentes. A outra experiência é de Chiapetta, conduzida pelo extensionista Dhonathã Rigo, que articulou com o Conselho Municipal de Saúde investir em estações de tratamento de água de poços artesianos com uso de sal de cozinha.

A 27ª Semana Interamericana e a 20ª Semana Estadual da Água encerram no próximo sábado (03/10). Coordenadas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental (Abes), as semanas têm o envolvimento de várias entidades, como a Emater/RS-Ascar, conveniada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“O trabalho da Emater/RS-Ascar vinculado à água acontece ao longo de sua história e abrange desde orientação às famílias sobre os cuidados no abastecimento, através de proteção de nascentes, a necessidade de manutenção da vegetação e os cuidados com as legislações ambientais, entre outros, e envolve Governo do Estado, prefeituras, secretarias estaduais e municipais de Saúde e Meio Ambiente, comitês de bacias hidrográficas, sindicatos, conselhos municipais de saúde e clubes, entre outras entidades”, observa Gabriel Katz, extensionista da Gerência Técnica da Emater/RS-Ascar

CONHEÇA A EXPERIÊNCIA DE CHIAPETTA

Tratamento alternativo qualifica água consumida no interior de Chiapetta

A qualidade da água que muitas famílias de agricultores consomem e abastecem suas propriedades é considerada grave. Isso porque o meio rural tem dificuldades no abastecimento e principalmente no tratamento da água consumida pelas famílias. Essa é a realidade bastante presente no meio rural em todo o país e em Chiapetta, no interior do Rio Grande do Sul, não é diferente.

Distante 465 km de Porto Alegre, Chiapetta está localizada numa região que envolve 1/3 da população gaúcha. Lá, desde o final de 2017, a partir da sensibilização do Conselho Municipal de Saúde e do Poder Público sobre essa realidade, foi realizado um seminário que reuniu todas as associações de água do município e, entre os encaminhamentos, coube à Administração Municipal, com o apoio da Emater/RS-Ascar, buscar alternativas para qualificar a água consumida pelas famílias no meio rural.

O extensionista Dhonathã Rigo, da Emater/RS-Ascar de Chiapetta, recorda que algumas experiências exitosas foram visitadas durante o ano de 2018, envolvendo a proteção de poços artesianos, outra situação crítica encontrada no meio rural, com lixo, entulho, falta de manutenção, estruturas abertas com acesso de animais, poços perfurados perto de esterqueiras, “enfim, uma série de problemas ambientais que comprometiam a qualidade da água”, avalia, ao citar ainda as análises da água pelo Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Siságua), nos últimos quatro anos, que confirmaram que 50% das amostras tinham grau de contaminação por coliformes, total e fecais, tornando a água dos poços imprópria para a saúde e o consumo.

BENEFICIÁRIOS

A definição do local desse projeto piloto, cujo sistema de tratamento utiliza sal de cozinha, teve, como critério, beneficiar uma escola do Campo. Distante 12 km da sede do município, foi escolhida a comunidade do Reassentamento Nova Conquista, que possui escola do Campo Haydê Chiapetta, cujo poço artesiano abastece, além dos 50 alunos da escola, outras 15 famílias.

A estrutura piloto dessa tecnologia alternativa de tratamento da água foi inaugurada em 2019. O sistema usa sal de cozinha como um elemento químico, transformando o cloreto de sódio em hipoclorito de sódio, o ingrediente ativo da água sanitária, desinfetante amplamente disponível no mundo.

Instalado na propriedade da família Fortuna, o projeto piloto foi aprovado pelos usuários, com relatos positivos da diretora Ilma Estopiglia, famílias envolvidas e alunos. Diferente de outros mecanismos de tratamento de água com clorador, por exemplo, a manutenção desse sistema é simples, pois o sal é colocado no equipamento a cada 15 dias para fazer a hidrólise e pulsado de maneira automática do poço para rede, o que facilita a operação.

A partir desse piloto, foi programado pela Emater/RS-Ascar, com o Conselho e a Prefeitura, oferecer essa tecnologia para os demais poços da comunidade e município. Com recursos já aprovados e sendo executados, as demais comunidades interessadas podem aderir à proposta de forma consciente e voluntária.

Rigo explica que o projeto prevê ainda uma série de investimentos na proteção de poços, considerado ponto de Área de Proteção Permanente (APP), como cercamento do local e proteção com concreto usinado na boca do poço, atendendo a uma orientação dos órgãos de saúde, além de uma série de contribuições para qualificar o consumo das famílias rurais.

“Nesse primeiro momento, podemos afirmar que melhorou a qualidade da água consumida pelas famílias e pela Escola. Nenhuma análise deu problema de contaminação por coliformes, mas o resultado maior se dará ao longo dos anos, pois a partir dessa experiência, e com todo o envolvimento do trabalho de Aters em torno da melhoria da qualidade da água no interior, estamos difundindo a técnica”, avalia o extensionista.

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