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Economia

Vendas no varejo crescem pelo quinto mês seguido, mas desaceleram em setembro

Dados revelam também que o trimestre de julho a setembro bateu recorde da série histórica, com alta de 17,2% em relação ao trimestre anterior.

Correio do Povo
por  Correio do Povo
11/11/2020 10:42 – atualizado há 3 anos
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As vendas no comércio cresceram 0,6% em setembro frente ao mês anterior, o que representa a quinta alta mensal consecutiva do setor desde maio. Os dados constam da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11).

Apesar do ritmo de crescimento, o resultado de setembro aponta uma desaceleração em relação às altas constatadas nos meses anteriores — agosto (3,1%), julho (4,7%), junho (8,7%) e maio (12,2%). Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, a desaceleração é como se a série estivesse voltando à normalidade.

“Trata-se de uma diminuição do ritmo de crescimento nos volumes do varejo nacional. A desaceleração é natural e representa uma acomodação, porque as quedas de março e abril foram muito expressivas, o que fez com que os meses seguintes de recuperação também tivessem altas intensas”, analisa. Na comparação com setembro de 2019, o comércio cresceu 7,3%.

Santos também destaca o desempenho forte do trimestre que se encerrou em setembro. Em comparação com o trimestre anterior, foi registrada alta de 17,2%, recorde da série histórica iniciada em 2000.

“Isso ocorreu, porque os trimestres anteriores apresentaram desempenho muito baixo: -1,9% no primeiro e -8,5% no segundo. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, o aumento é de 6,3%, a maior alta desde 2014”, ressalta o gerente da pesquisa.

Venda de livros apresentou alta, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE | Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Crescimento por setores

O IBGE diz que, entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram alta em setembro:

– Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%);
– Combustíveis e lubrificantes (3,1%);
– Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%);
– Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%);
– Móveis e eletrodomésticos (1,0%).

Por outro lado, três setores pressionaram o desempenho do comércio negativamente: Tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0.4%).

“A atividade de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria, embora continue negativa em indicadores, como o acumulado do ano e nos últimos 12 meses, teve uma recuperação grande em setembro. Já a de Artigos farmacêuticos médicos, ortopédicos e de perfumaria teve uma trajetória claudicante nos últimos meses e em setembro chegou a 2,1%. Móveis e eletrodomésticos e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, continuam com crescimento. Parte desse desempenho pode estar relacionado à ida ao home office, embora já estejamos vivenciando a abertura”, explica Santos.

Alta de preços influencia supermercados

O setor de hiper e supermercados, segundo o IBGE, está sendo impactado pela inflação de alimentos. De abril a setembro, o setor registrou crescimento de 10,6% na receita, enquanto em volume, o ganho foi de 4,7% nesse período.

Em setembro, o setor teve alta de 2,1%. “A inflação de alimentos em setembro impactou bastante. Nos três últimos meses, os indicadores de receita do setor registram dois índices positivos, 2,1% em setembro e 0,5% em julho, e um negativo, -0,7% em agosto. Já os indicadores de volume foram todos negativos em setembro (-0,4%), agosto (-2,1%) e julho (-0,3%), o componente da inflação influencia os indicadores nos últimos três meses”, explica Santos.

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