Vazamento expõe mais de 183 milhões de senhas e e-mails de usuários do Gmail e outros provedores

Especialista em cibersegurança Troy Hunt revela violação massiva de 3,5 terabytes de dados, ocorrida em abril e identificada após rastreamento de informações na dark web.

Por Redação/O Sul Publicado em 27/10/2025 22:14 - Atualizado em 27/10/2025 22:23

O especialista em cibersegurança Troy Hunt, criador do site Have I Been Pwned, revelou nesta segunda-feira (27) uma violação massiva de dados que expôs mais de 183 milhões de senhas e endereços de e-mail de usuários do Gmail e de outros provedores. No total, 3,5 terabytes de informações foram comprometidos. A invasão ocorreu em abril deste ano, mas só veio a público agora, após a identificação dos dados em fóruns e bases da dark web.

Imagem de Diedry Ferman por Pixabay

Usuários podem verificar se tiveram suas contas comprometidas acessando o site Have I Been Pwned, que identifica se um e-mail foi envolvido em violações de dados nos últimos dez anos. Caso o endereço esteja entre os afetados, o site exibe um alerta e detalha onde e quando as informações foram expostas. A plataforma também indica quais serviços ligados ao Gmail vazaram dados e lista os tipos de informações comprometidas, como nomes, senhas, e-mails, datas de nascimento, endereços e números de telefone.

Se o Have I Been Pwned indicar que sua conta foi comprometida, é essencial trocar a senha do e-mail imediatamente e ativar a autenticação de dois fatores (2FA). A nova senha deve ser forte — com letras maiúsculas e minúsculas, números, símbolos e pelo menos 12 caracteres — e não deve ser repetida em outros sites. A ativação da 2FA, disponível em myaccount.google.com/security, adiciona uma camada extra de proteção contra invasões.

Como proteção nunca é demais, vale sempre ter em mente que o uso de ferramentas digitais nos coloca, diariamente, sob alguns riscos de violação de dados. Por isso, a dica é reforçar seus hábitos de segurança na rotina da vida on-line.

* Nunca clique em links suspeitos recebidos por e-mail ou WhatsApp
* Evite usar redes Wi-Fi públicas sem VPN (uma rede privada)
* Mantenha o celular e o computador com o software de funcionamento atualizados. Isso traz mais segurança para o seu uso dos dispositivos no dia a dia
* Use um gerenciador de senhas (como 1Password, Bitwarden ou o do próprio Google).

Em nota, o Google Cloud negou que tenha ocorrido um vazamento direto de dados do Gmail, afirmando que os relatos são imprecisos e resultam da ação de “infostealers” — programas maliciosos que roubam credenciais de dispositivos individuais, posteriormente vendidas na deep web. Segundo a empresa, não houve um ataque específico ao Gmail, mas casos de roubo de senhas. O Google recomendou aos usuários ativar a verificação em duas etapas, usar chaves de acesso e redefinir senhas expostas para aumentar a segurança.