Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Rio Grande do Sul

UFPel inicia segunda fase de pesquisa sobre avanço do coronavírus no país

Coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Ministério da Saúde, o estudo começou a ser feito em abril no RS por iniciativa do governo do Estado.

GZH
por  GZH
04/06/2020 16:38 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

A pesquisa que busca estimar a proporção de casos de coronavírus na população brasileira inicia sua segunda fase nesta quinta-feira (4). Coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Ministério da Saúde, o estudo começou a ser feito em abril no Rio Grande do Sul por iniciativa do governo do Estado.

A exemplo da primeira etapa, esta fase busca colher amostragem de participantes em 133 “cidades sentinela”, que são os maiores municípios das divisões demográficas do país, de acordo com critérios do IBGE. No Rio Grande do Sul, são oito: Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana. A coleta segue até o próximo sábado (6).

Mateus Bruxel / Agencia RBS

A pesquisa busca estimar o percentual de pessoas com anticorpos para a covid-19 e avaliar a velocidade de expansão da doença no país. O estudo ainda irá determinar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas, avaliar os sintomas mais comuns, calcular a letalidade da doença e estimar recursos hospitalares necessários, além de permitir traçar estratégias para o abrandamento das medidas de distanciamento social.

A coleta de dados é feita por equipes do Ibope Inteligência e inclui três inquéritos populacionais, com a realização de testes rápidos para o coronavírus e entrevistas com 250 moradores de cada cidade – totalizando 33.250 participantes de todos os Estados. As pessoas são entrevistadas e testadas em casa, e os domicílios são escolhidos por meio de sorteio aleatório.

Na primeira etapa, equipes foram detidas pela polícia, agredidas por cidadãos e impedidas de trabalhar em algumas cidades brasileiras. Em muitos casos, o material utilizado foi destruído e os profissionais, levados a abandonar os municípios sob ameaças. Isso aconteceu em Estados como Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Norte.

Para esta segunda fase, algumas medidas foram tomadas para garantir a segurança dos pesquisadores:

- Todas as equipes contam, agora, com pessoas das próprias cidades, que comunicaram as prefeituras com antecedência. As forças de segurança e outras autoridades também foram avisadas com mais tempo para preparação e monitoramento. A primeira fase foi feita em tempo recorde, e agora fomos aprendendo e melhorando. Estou confiante de que teremos menos problemas. Até agora (11h15min), não recebi nenhuma notícia ruim. Na primeira fase, a esta hora, já havia centenas – diz o coordenador-geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.

Primeira fase

O resultado da primeira fase chegou a uma conclusão alarmante: só na capital de São Paulo, a estimativa era de que 380 mil pessoas já haviam tido contato com o vírus. O número sozinho era maior do que o total de casos oficiais registrados no país à época: 374.898.

O dado reforça o tamanho da subnotificação da doença. Nas 90 cidades (das 133) em que os pesquisadores conseguiram fazer 200 ou mais testes, a estimativa era de que havia 760 mil, contra 104,7 mil notificados às autoridades.

A terceira fase está prevista para ocorrer entre os dias 18 e 20 de junho, respeitando o intervalo de 14 dias entre cada levantamento.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE