O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) identificou cerca de R$ 25 milhões pagos a fornecedores ou doados a candidatos nestas eleições municipais com alguns indícios de irregularidades. São quase 7 mil indicativos de problemas, tanto no pagamento a prestadores de serviços quanto no recebimento de doações.
O levantamento que faz parte de uma parceria do Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve, além do TSE, outros seis órgãos federais – foi feito logo após a entrega das prestações de contas parciais, que terminou no domingo (25), e vai permitir que a Justiça Eleitoral utilize os indícios de irregularidades como informação de inteligência para o exame e julgamento das prestações de contas.
O indício que possui maior quantidade de itens aparentemente irregulares é o relativo aos doadores potencialmente desempregados. São 3,79 mil casos de doação, totalizando R$ 15,9 milhões. Na sequência, estão os doadores cuja renda é incompatível com o valor doado – são 782 casos, que totalizam R$ 6,4 milhões.
Já os 775 fornecedores sem registro ativo na Junta Comercial ou mesmo na Receita Federal receberam R$ 1,3 milhão por serviços prestados a candidatos às eleições deste ano. Há ainda 217 empresas que receberam um total de R$ 471,3 mil e têm relação de parentesco com algum candidato.
O relatório do TSE traz ainda informações de cinco pessoas que doaram juntas R$ 6,8 mil e que constam do Sistema de Controle de Óbitos, responsável por coletar informações de óbitos dos cartórios de registro civil de pessoas naturais no País.
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