A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou, na tarde de hoje, que subiu para 28 o número de cidades afetadas pela estiagem. Doze entraram para a relação, de ontem para hoje: Mato Leitão, Agudo, Canguçu, Cerro Branco, Gramado Xavier, Cerro Grande do Sul, Dom Feliciano, Rio Pardo, São Gabriel, Sertão Santana, Sobradinho e Vale Verde. Em contrapartida, cinco municípios que, inicialmente, relataram problemas saíram da lista encaminhada pela Defesa Civil. Outras sete cidades se mantém no meio do caminho, registrando danos, mas sem o decreto oficial.
A maior parte dos municípios afetados fica na Costa Doce ou no Vale do Rio Pardo. O governo, que ainda não homologou os pedidos, ressalta que os registros de emergência devem se dar por falta de água para consumo humano e prejuízos a pequenos agricultores, que tiveram a subsistência ameaçada. Uma vez decretada a situação de emergência, o prazo é de 20 dias para a cidade concluir o processo com o envio da documentação.
Os agricultores, entretanto, já vem apresentando perdas. De acordo com a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), até este momento, as quebras nas lavouras de soja vêm sendo estimadas em 13%, enquanto no milho o índice chega a 33%. No milho, a redução pode ser de cerca de 1,879 milhão de toneladas, enquanto na soja o valor chega a aproximadamente 2,490 milhões.
Além disso, a estiagem também deve impactar a produção gaúcha de leite. Na avaliação da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), com a seca afetando o milho, as folhagens sem o grão ou com péssima qualidade comprometem a alimentação bovina. A entidade já vem recebendo a manifestação de produtores de leite sobre o tema.