Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Cidade

Situação do Santa Terezinha em discussão na AMAU

Assembleia Extraordinária debateu o assunto, em função, do aumento de usuários, crescimento dos custos e o colapso assistencial que passa a casa de saúde

Rodrigo Fianrdi
por  Rodrigo Fianrdi
26/05/2023 22:03 – atualizado há 21 dias
Continua depois da publicidadePublicidade

"Os recursos são sempre insuficientes para a saúde". Com esta frase o presidente da AMAU e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, abriu a assembleia extraordinária, realizada na tarde da quinta-feira, 25, no Espaço Cooperar, na nova agência do Sicredi, que reuniu prefeitos e secretários de Saúde do Alto Uruguai, conclamando a todos a buscarem soluções coletivas para o momento atual.

A Fundação Hospitalar Santa Terezinha, a exemplo de outros hospitais do Estado e do país, e não só os 100% SUS, estão passando por uma série de dificuldades, de várias ordens, entra elas financeiras e de colapso assistencial, já que não suporta mais pacientes, pois está com lotação máxima em todos os seus setores: “e isso que nem começou o inverno, quando aumenta as internações”, pontou o diretor executivo do hospital, Jackson Arpini, que fez uma apresentação minuciosa sobre a situação.

A previsão é que em 2023, o Santa Terezinha tenha um déficit de R$ 19 milhões, podendo chegar a R$ 25 milhões, caso tenha que ser pago o novo piso da enfermagem. A previsão de receitas para o ano é de R$ 89,24 milhões e as despesas de R$ 114,85 milhões. O hospital está devendo para fornecedores, valores abertos desde março, em torno de R$ 4,35 milhões: “o momento é te fazermos uma profunda reflexão”, sublinhou Arpini.

O diretor do hospital, relatou que após a pandemia, aumentou o número de pessoas procurando os serviços do Santa Terezinha, e isso, aliado ao desemprego, que fez com que muitos ficassem sem planos de saúde, migrando para o SUS. A crise do IPE é outro ponto que está no radar, e pode levar mais um contingente significativo de pacientes ao sistema público: “a tabela do SUS, que pagam para o hospital não sofre reajuste há anos. Todos os serviços que prestamos são deficitários. Por exemplo, um hemograma completo, o SUS paga R$ 5,11 para o hospital”, relatou Arpini.

O hospital já vem de um déficit de R$ 7,2 milhões do ano passado, e agora em junho, com o pagamento do IPTU, o município de Erechim, fará um aporte de R$ 5 milhões, para ajudar no custeio, de acordo com palavras do prefeito Paulo Polis.

Buscar saídas é o ponto crucial, porém os municípios esbarram na diminuição de receitas nesse ano, que desafia gestores em fechar suas contas e atender seus munícipes: “todos queremos resolver esse problema tão sensível a todos que é saúde. Uma equação difícil, mas teremos que buscar alternativas de forma colegiada, que seja bom e possível para todos”, salienta Marcelo Arruda.

Ao longo da assembleia, prefeitos e secretários de Saúde dos municípios fizeram relatos de suas situações, e que são preocupantes, pois os municípios, cada vez mais, estão fazendo o papel do governo federal, dando a assistência em saúde, utilizando recursos vultosos de seus orçamentos, além do percentual obrigatório que é de 15%, e em muitos casos, chegando a 30% da arrecadação.

Nos próximos dias, os prefeitos irão definir, um novo valor que será repassado ao Santa Terezinha, por paciente, para ajudar na diminuição do déficit.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE