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Mundo

Segundo a China, medicamento japonês para a gripe é "eficaz" no tratamento do coronavírus

Fontes do governo chinês indicam que o favipiravir, um medicamento criado no Japão para a gripe normal, é "eficaz" no tratamento da Covid-19.

o Observador
por  o Observador
18/03/2020 13:38 – atualizado há 3 anos
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As autoridades médicas chinesas têm tido resultados eficientes na utilização de um medicamento japonês para a gripe em pacientes infetados com o novo coronavírus e sintomas fracos ou moderados. De acordo com a comunicação social da China, que esta quarta-feira adianta a notícia, os resultados obtidos em ensaios clínicos realizados nas províncias de Wuhan e Shenzhen, que envolveram 340 pacientes, foram “encorajadores”.

“Tem um alto grau de segurança e é claramente eficaz no tratamento”, referiu Zhang Xinmin, do ministério da Ciência e da Tecnologia chinês. O fármaco em causa é o favipiravir, uma substância desenvolvida em 2014 no Japão pela Fujifilm Toyama Chemical, também conhecida enquanto Avigan, uma subsidiária da multinacional de fotografia Fujifilm.

Segundo a NHK, o canal de televisão público chinês, os pacientes de Shenzhen infetados com coronavírus que receberam o medicamento acusaram negativo nos exames realizados apenas quatro dias depois de testarem positivo — isto comparado com a média de 11 dias que aqueles que não receberam o favipiravir demoraram a dar negativos nos testes à Covid-19. Além disso, os raio-x realizados também teriam confirmado melhorias assinaláveis no funcionamento pulmonar em 91% dos doentes tratados com o fármaco, contra 62% daqueles que não o receberam.

O favipiravir também estásendo utilizado no Japão, onde os ensaios clínicos estão abrangendo principalmente pacientes com sintomas fracos ou moderados, com o objetivo de prevenir a multiplicação do vírus no organismo do doente.

De acordo com o The Guardian, porém, uma fonte do ministério da Saúde sugeriu que o medicamento não é eficaz em pacientes com sintomas mais severos. “Já administramos em 70 ou 80 pessoas mas não parece ser tão eficaz quando o vírus já se multiplicou”, referiu a mesma fonte. A mesma limitação já tinha sido encontrada em ensaios clínicos que envolviam uma combinação de dois fármacos originalmente direcionados para doentes infetados com HIV, o lopinavir e o ritonavir.

Ainda assim, a administração do favipiravir em pacientes com coronavírus em larga escala só poderá acontecer com autorização governamental, tanto na China como no Japão, já que a aprovação original do medicamento só envolvia o tratamento da gripe normal.

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