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Rio Grande do Sul

Secretaria da Saúde propõe ações para a vacinação do HPV nas escolas

Pactuada com secretarias municipais de saúde gaúchas, a proposta é realizar as atividades nas escolas entre os dias 24 e 28 deste mês, conforme calendário a ser definido por cada cidade.

Ascom SES
por  Ascom SES
04/10/2022 22:15 – atualizado há 1 ano
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A Secretaria da Saúde (SES) está acordando com os municípios a vacinação de meninos e meninas de 9 a 14 anos contra o HPV neste mês de outubro, alusivo à saúde da mulher. A vacina é a principal forma de prevenção ao câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe. Pactuada com secretarias municipais de saúde gaúchas, a proposta é realizar as atividades nas escolas entre os dias 24 e 28 deste mês, conforme calendário a ser definido por cada cidade.

A dose contra o HPV está disponível no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014. Desde então, a vacinação está disponível nos postos de saúde com sala de imunização dos municípios durante o ano inteiro. A estratégia que a SES e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS) estão construindo em conjunto neste momento visa ampliar a cobertura para os públicos previstos.

Em 2021, o Rio Grande do Sul teve uma cobertura, entre as meninas, de 74% para a primeira dose e de 54% para a segunda dose, que completa o esquema, segundo o Ministério da Saúde. Os dados de 2022, ainda parciais, indicam uma cobertura de 66% para primeira dose e de 50% para a segunda. Entre os meninos, os índices são ainda mais baixos. Em 2021, a cobertura foi de 56% para primeira dose e de 38% para a segunda. Neste ano, a primeira dose está em apenas 48% de cobertura e, a segunda, em 32%.

A secretária adjunta da SES, Ana Costa, destaca a proteção que essa imunização oferece. “O câncer do colo de útero é o mais fácil de prevenir, sendo o único para o qual hoje temos uma vacina”, afirma.

A definição da operacionalização da vacinação nas escolas, estabelecendo o cronograma e os locais de aplicação, cabe a cada prefeitura. “Não podemos é esperar que a população nos procure”, afirma o presidente do Cosems/RS, Guilherme Ribas, reforçando a importância dos agentes de saúde pública irem ao encontro da população. Por se tratar de um público em idade escolar, a decisão foi incentivar ações diretamente nas instituições educacionais. De acordo com a decisão de cada município, o planejamento pode envolver escolas de Ensino Fundamental e Médio, das redes públicas ou privadas.

Esquema vacinal

• Na estratégia prevista para as ações nas escolas este mês, a vacinação terá como público alvo o mesmo do calendário básico. O esquema foi ampliado este ano pelo Ministério da Saúde, equiparando as idades para meninos e meninas, agora ambos dos 9 aos 14 anos. Qualquer criança ou jovem dentro dessa faixa etária pode iniciar o esquema vacinal, composto de duas doses com intervalo de seis meses entre elas (mesmo que a segunda dose fique para depois dos 14 anos de idade).

• Também está prevista a vacinação do HPV para pessoas de 9 a 45 anos imunossuprimidas (vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos).

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum entre mulheres no Brasil. Estima-se a ocorrência de 17 mil novos casos por ano, o que representa 7,5% de todos os cânceres entre a população feminina.

Tem como causa básica a infecção pelo papilomavírus humano (conhecido pela sigla HPV). Existem mais de 200 tipos de genótipos diferentes de HPV, sendo que 13 são considerados carcinógenos (que podem causar câncer). No Brasil, a vacina disponível pelo SUS confere imunidade contra os tipos virais 6 e 11 (responsáveis por 90% dos casos de verrugas genitais) e 16 e 18 (agentes de 70% dos casos de câncer cervical).

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