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Santa Catarina

Santa Catarina atinge 75% de ocupação de leitos de UTI, pior índice desde o início da pandemia

Estado ficou três dias sem divulgar os dados de ocupação dos leitos de UTI

NSCTotal
por  NSCTotal
17/07/2020 09:25 – atualizado há 3 anos
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Santa Catarina atingiu 75% de ocupação dos leitos de UTI nesta quinta-feira, dia 16, o pior índice registrado na pandemia do coronavírus. Depois de três dias sem divulgar os dados, devido a mais uma mudança no sistema, o estado também chegou ao número mais alto de pacientes hospitalizados nas redes pública e privada com confirmação da doença. O salto foi de 122 para 154. Outras 228 pessoas seguem hospitalizadas com sintomas da infecção e aguardam os resultados dos exames.

Dos 1.312 leitos ativos nesta quinta-feira, 989 estão ocupados. Desses, 330 por pacientes em tratamento de Covid-19, entre confirmados e suspeitos, e outros 659 por pessoas com outras enfermidades. Há apenas 323 vagas disponíveis e estão distribuídas entre unidades hospitalares públicas em todo território catarinense.

Divulgação / Hospital Terezinha Gaio Basso

Ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde (2019-2020), professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Julio Henrique Croda, alerta que, quando a taxa de ocupação ultrapassa 70%, é recomendável fortalecer ações de isolamento e distanciamento social da região afetada.

Segundo ele, se chegar a 80%, o nível é considerado muito crítico, momento em que se recomenda suspender atividades não essenciais imediatamente sob o risco de colapsar o sistema de saúde. A única vez em que Santa Catarina conviveu com regras rígidas de isolamento social foi entre o final de março e o início de abril, com o decreto de emergência do governo catarinense e quando os casos começaram a aparecer no estado.

Regiões com ocupação superior a 80%

Em 13 de julho, último dia em que os dados tinham sido divulgados regularmente pelo governo estadual, ao menos duas regiões batiam na casa dos 80%: Grande Florianópolis, com 80,1% e a Foz do Rio Itajaí, com 80,9%. No Sul, a situação era ainda pior: 85,2%.

Nos três dias que se passaram, todas as regiões tiveram piora. Até quinta-feira, as regiões da Grande Florianópolis e Foz do Rio Itajaí têm índices de 81,66% e 84,13%, respectivamente. No Sul, onde foi decretada quarentena em 15 cidades nesta semana, o índice chega quase a 87%.

Aumento por região

▪ Sul: 85,2% em 13 de julho. Em 16 de julho 86,93%.

▪ Grande Florianópolis: 80,1% em 13 de julho. Em 16 de julho 81,66%.

▪ Foz do Rio Itajaí: 80,9% em 13 de julho. Em 16 de julho 84,13%.

▪ Vale do Itajaí: 69,4% em 13 de julho. Em 16 de julho 73,64%.

▪ Planalto Norte: 69% em 13 de julho. Em 16 de julho 72,24%.

▪ Meio-Oeste e Serra: 61,7% em 13 de julho. Em 16 de julho 69,94%.

▪ Oeste: 56,2% em 13 de julho. Em 16 de julho 59,23%.

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