Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Economia

RS tem nova queda na atividade industrial

Fiergs diz que investimento da indústria poderá sofrer impacto nos próximos meses.

O Sul
por  O Sul
08/12/2022 19:05 – atualizado há 1 ano
Continua depois da publicidadePublicidade

O IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial gaúcho), divulgado nesta quinta-feira (08) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), sofreu a segunda queda consecutiva em outubro, 1,6%, em relação a setembro, quando caiu 1,8%.

O resultado devolve grande parte da alta de 5,6% acumulada entre os meses de junho e agosto, na série com ajuste sazonal. Recuo no IDI-RS por dois meses consecutivos não ocorria desde maio de 2021.

O presidente da Fiergs destaca, porém, que a incerteza aumentou muito desde as eleições e as expectativas passaram para o campo pessimista, sobretudo com relação ao futuro da economia brasileira, podendo provocar impacto nos investimentos. Diante disso, a perspectiva para os próximos meses é de desaceleração da atividade industrial, que deve crescer lenta e gradualmente, contida também pelos juros elevados e o fim do ciclo de deflação.

Dos seis componentes do IDI-RS, os quatro mais diretamente associados à produção apresentaram recuo entre setembro e outubro: compras industriais (-4,8%), horas trabalhadas na produção (-2,1%), faturamento real (-2%), que caíram pelo segundo mês seguido.

Já a UCI (utilização da capacidade instalada) perdeu 1,5 ponto percentual, alcançando 80,8%. Entre os indicadores de mercado de trabalho, o emprego ficou praticamente estável, caindo 0,1%, e a massa salarial real subiu 0,8% no período.

Em relação ao ano passado, o quadro segue positivo, mas mostrou desaceleração. Relativamente ao mesmo mês de 2021, o IDI-RS cresceu 2,2%, na 26ª alta consecutiva, mas a menor taxa dos últimos 24 meses.

No acumulado de 2022, frente aos primeiros dez meses de 2021, a alta atingiu 4,9% (foi 5,3% em setembro), crescimento compartilhado pelas horas trabalhadas na produção (9,4%), pelo faturamento real (5,8%), pelas compras industriais (3,6%), pelo emprego (6,3%) e pela massa salarial real (10,3%). A exceção foi a UCI, cujo grau médio dos dez meses do ano recuou de 83%, em 2021, para 81,9%, em 2022.

As maiores contribuições positivas para o resultado geral do IDI-RS entre os 16 setores industriais pesquisados em outubro vieram do aumento em Veículos automotores (17,8%), Máquinas e equipamentos (10,2%), Couros e calçados (14,2%), Alimentos (2,8%) e Tabaco (21,2%). Por outro lado, as quedas de Químicos e refino de petróleo (-4,1%), Produtos de metal (-2,8%) e Móveis (-5,9%) foram os impactos negativos mais relevantes.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE