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Rio Grande do Sul

Raras nuvens de “água viva” no céu da Serra Gaúcha

Entenda o que foram as nuvens em forma de medusa e conhecidas como jellyfish clouds que apareceram em Caxias do Sul.

MetSul Meteorologia
por  MetSul Meteorologia
11/09/2022 20:37 – atualizado há 9 meses
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Água-viva no céu? Pois, na manhã deste domingo curiosas formações de nuvens chamaram a atenção de moradores de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Pequenas nuvens com dendritos eram vistas no céu azul da cidade serrana depois de um amanhecer muito frio e que teve formação de geada a ponto de a mínima nos Campos de Cima da Serra ter baixado a 4ºC negativos em São José dos Ausentes.

Mas que nuvens foram estas?

Nuvens de água-viva existem? Então, existem, são conhecidas em Inglês como jellyfish clouds e podem se formar a partir de nuvens Cirrostratus, Altocumulus ou Cumulus, mas a cúpula curva e os delicados tentáculos inspiram a imaginação dos experts em nebulosidade de todos os lugares que as associam às medusas, água-vivas ou caravelas do mar.

Nuvens Altocumulus se desenvolvem na camada intermediária da troposfera, cerca de 3.000 a 6.000 metros acima do solo. Elas têm uma forma ondulada e se parecem com lã de ovelha. Quando o ar quente e úmido sobe, o vapor de água invisível eventualmente esfria e se condensa em minúsculas gotículas de água em partículas chamadas núcleos de condensação.

Foto: DENIS GOERL - Reprodução

À medida que o processo continua, gotículas de água se acumulam para cima, criando montes visíveis no céu, conhecidos por nós como nuvens brancas e fofas. No entanto, no caso de nuvens de água-viva baseadas em Cumulus e Altocumulus, o ar quente encontra uma área de ar muito mais seco, o que faz com que a umidade evapore a uma taxa mais rápida do que pode condensar. Essencialmente, a nuvem vaporiza a esta altura da atmosfera, impedindo assim o crescimento da nuvem e produzindo a nuvem de água-viva.

Ao mesmo tempo, gotículas de água dentro da nuvem estão se tornando pesadas demais para permanecerem suspensas no ar. À medida que a gravidade puxa as gotas de água em direção ao solo, elas encontram outra camada de ar seco e evaporam antes que possam atingir a superfície da Terra, formando o que se denomina de virga, os dendritos da nuvem. O mesmo processo ocorre nos Cirrostratus.

Outras nuvens de água-viva se desenvolvem quando quantidades limitadas de umidade estão disponíveis em porções mais frias da atmosfera, frias o suficiente para que a umidade se condense e congele em cristais de gelo. Nuvens que consistem em cristais de gelo são nuvens Cirrus e Cirrostratus, como as vistas em Caxias do Sul. Mudanças na direção do vento em vários níveis da atmosfera podem “esticar” as formações de cristais de gelo e causar a aparência de água-viva. Nuvens de água-viva se desenvolvem durante dias de bom tempo, quando há umidade suficiente no ar para produzir nuvens, mas não o suficiente para que elas cresçam ou produzam chuva. 

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