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Economia

R$ 5,69: Dólar atinge maior valor em quase oito meses

Veja o que está por trás da alta da moeda norte-americana

Agência Brasil
por  Agência Brasil
06/12/2021 20:28 – atualizado há 2 anos
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O dólar subiu para uma nova máxima em quase oito meses frente ao real, nesta segunda-feira, com apostas em aumentos antecipados de juros nos Estados Unidos ofuscando fortes expectativas de elevação da taxa Selic nesta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), se reúne pela última vez de 2021.

A previsão do mercado é de que o BC anuncie, ao fim do encontro de dois dias, na quarta-feira, alta da Selic a 9,25% ao ano, ante 7,75% atualmente.

A moeda norte-americana à vista subiu 0,25%, a R$ 5,6925 na venda, nova máxima para encerramento desde 13 de abril deste ano (R$ 5,7175).

Veja o que está por trás da alta do dólar

• Nos Estados Unidos, autoridades do Fed sinalizaram recentemente que o banco central norte-americano prepara o terreno para acelerar o ritmo de redução de estímulos e possivelmente antecipar aumentos de juros para 2022, uma vez que dados econômicos vêm indicando persistência da inflação

• Juros mais altos em um determinado país tendem a elevar a atratividade da moeda, uma vez que fazem aumentar a rentabilidade de se investir no mercado de renda fixa local.

• Investidores de todo o mundo também seguem de olho no noticiário em torno da variante Ômicron do coronavírus, recém-detectada, uma vez que ainda não há clareza sobre qual vai ser o impacto sanitário e econômico.

• No Brasil, o cenário político-fiscal também segue no radar na reta final de 2021, antes de um 2022 provavelmente difícil para o mercado doméstico.

• Nos últimos meses, a trajetória das contas públicas brasileiras se tornou motivo de forte preocupação, em meio à pressão do governo por mais gastos com auxílio à população em 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro deve tentar a reeleição.

• A PEC dos Precatórios, recentemente analisada pelas duas Casas do Congresso, deve abrir espaço fiscal para o pagamento de pelo menos R$ 400 por família sob o programa Auxílio Brasil no ano que vem. A proposta sofreu alterações na votação no Senado e, por isso, retornou à Câmara. O mercado acompanha a possibilidade de promulgação das partes do texto aprovadas sem alteração, no chamado “fatiamento” do projeto.

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