Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Economia

Propostas da Reforma Tributária RS são debatidas com a Famurs

Conforme Leite, reforma propõe tributação mais justa e adequada, que fomenta o consumo e a economia do Estado

Secom Piratini
por  Secom Piratini
05/08/2020 12:53 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

Em mais uma agenda de diálogo com a sociedade sobre a Reforma Tributária RS, o governador Eduardo Leite e secretários de Estado apresentaram, nesta quarta-feira (5/8), o conjunto de medidas que pretende simplificar e modernizar a tributação à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

O fim da majoração das atuais alíquotas de ICMS de álcool, gasolina, energia e telecomunicações e da alíquota modal no fim deste ano significa perdas de R$ 2,85 bilhões brutos aos cofres do Estado, incluindo os R$ 850 milhões dos municípios gaúchos, caso não haja medidas compensatórias.

Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Na busca por uma alternativa ao simples retorno das alíquotas aos patamares anteriores ou a sua prorrogação, o governo do Estado está discutindo uma reforma que reduza os percentuais, compensando essa queda na arrecadação com outras medidas mais justas e modernas.

Entre as medidas da Reforma Tributária RS que compensam a queda dos percentuais majoradas estão a revisão das alíquotas de ICMS, a revisão dos benefícios fiscais concedidos, tributação maior do patrimônio, bem como uma agenda de combate à sonegação e à informalidade. Essas medidas permitirão manter os patamares atuais de receita e devolver parte do imposto sobre consumo para famílias de baixa renda, fazendo com que a carga atual seja menos regressiva.

“Estamos propondo uma reforma que transforme o nosso sistema tributário, deixando-o mais moderno, arrojado e mais justo, mas que precisa ser olhado no conjunto da obra. Há aumento de ICMS para itens pontuais, mas há redução na energia, em telecomunicações e na gasolina, além de devolução de imposto para famílias de baixa de renda. No conjunto, temos uma reforma que mantém os níveis de arrecadação para Estado e municípios, garantindo a manutenção dos serviços públicos, como segurança e saúde, e promove uma tributação mais justa e adequada, que fomenta o consumo e a economia do Estado, dando mais competitividade ao RS, porque torna o sistema mais simples e moderno”, disse o governador.

Coube ao secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, detalhar todas as propostas que fazem parte da Reforma Tributária RS e que serão encaminhadas à Assembleia Legislativa na próxima semana. Antes disso, o governo segue se reunindo com entidades setoriais e autoridades para dialogar e discutir mudanças que possam aprimorar o conjunto de medidas.

Com a reforma, as prefeituras manteriam o patamar de arrecadação atual, pois a redução de ICMS seria compensada pelos impostos sobre o patrimônio (IPVA, que é repassado em 50% aos municípios) e ainda se espera ganho de arrecadação do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), pois a redução do imposto sobre energia elétrica, combustíveis e comunicação tem impactos positivos na arrecadação do tributo municipal, e as empresas prestadoras de serviços são intensivas nesses insumos, ou seja, a redução dos custos aumentará a competitividade.

“Buscar manter as alíquotas majoradas após um período impactado pela pandemia seria um caminho mais fácil para que o governo evitasse a queda de arrecadação. É o que vem sendo repetidamente praticado em outros Estados com circunstâncias fiscais parecidas. Mas acreditamos que é melhor promover o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul, com a revisão de desonerações que há anos é demandada pela sociedade, colocando o Estado em um patamar de maior competitividade e também promovendo maior justiça tributária”, afirmo Marco Aurelio.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE