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Cidade

Presidente Jair Bolsonaro sobrevoa duas das 185 cidades atingidas por ciclone em SC

Havia expectativa de que o presidente anunciasse recursos para recuperação de regiões afetadas, o que não ocorreu.

NSCTotal
por  NSCTotal
04/07/2020 12:51 – atualizado há 2 meses
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobrevoou na manhã deste sábado (4) duas das 185 cidades atingidas pelo ciclone da última terça-feira (30) em Santa Catarina. O presidente chegou ao Estado pontualmente às 8h17min e decolou de volta para Brasília pouco depois das 10h30min. Havia a expectativa de que ele anunciasse recursos, o que não ocorreu.

Segundo a vice-governadora Daniela Reinehr, Bolsonaro teria ficado "sensibilizado" com o que viu e indicou apoio para a reconstrução das áreas afetadas — mas não indicou quanto. Caberá ao governo de SC e às cidades fazer os levantamentos, projetos, e encaminhar as demandas de recursos ao Palácio do Planalto.

O presidente deixou o avião por volta das 8h25min. Logo depois, Bolsonaro conversou com autoridades e tirou fotos com algumas pessoas.

A vice-governadora, Daniela Reinehr (fiel apoiadora do presidente e que mantém um atrito com o governador Carlos Moisés), representou o Estado na recepção a Bolsonaro, já que o governador de SC está isolado após diagnóstico de Covid-19. Os senadores Dário Berger (MDB), Espiridão Amim (PP) e Jorginho Mello (PL) também acompanharam Bolsonaro durante a passagem por SC.

Bolsonaro cumprimenta a vice-governadora de SC, Daniela Reinehr.(Foto: Diorgenes Pandini)

Cerca de 25 minutos depois de desembarcar, o helicóptero da Força Aérea Brasileira com o presidente decolou e começou a rota pelas regiões atingidas pelo ciclone. Estiveram na comitiva do presidente o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o secretário Nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior.

De helicóptero, a comitiva com Bolsonaro sobrevoou as cidades de Governador Celso Ramos e Tijucas, na Grande Florianópolis. Antes das 10h, o presidente já havia retornado ao Aeroporto Hercílio Luz.

Ele conversou com autoridades por menos de 30 minutos no retorno da vistoria e logo em seguida embarcou de volta para Brasília, onde participaria de uma cerimônia em homenagem ao aniversário da independência dos Estados Unidos.

25 minutos depois de chegar a SC, presidente embarcou em um helicóptero para sobrevoar áreas atingidas pelo ciclone.(Foto: Diorgenes Pandini)

Sem anúncio de liberação de recursos

A expectativa era de que Bolsonaro anunciasse a liberação de recursos para ajudar na reconstrução das cidades mais afetadas. O presidente, porém, deixou SC sem conversar com os jornalistas e sem indicar quanto será repassado ao Estado.

O governador Carlos Moisés, em vídeo, disse que Bolsonaro sinalizou por repasses, mas não os especificou. Também em Florianópolis, o secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, indicou que haverá suporte do governo federal.

Essa foi a terceira vez de Bolsonaro em Santa Catarina como presidente. No ano passado ele esteve em Camboriú, para a abertura do Congresso dos Gideões em maio, e em Florianópolis para um evento na Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, em outubro.

Prefeito de Gov. Celso Ramos é barrado

O prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Campos, foi barrado na chegada ao Aeroporto Hercílio Luz e não pôde participar da recepção ao presidente Jair Bolsonaro.

A cidade foi uma das mais atingidas pelo ciclone bomba que passou pelo Estado na terça-feira, com um prejuízo estimado em R$ 100 milhões. Em entrevista à CBN Diário na manhã deste sábado, ele fez críticas ao governo do Estado e à organização da visita do presidente.

— Cheguei ao aeroporto e meu nome nem sequer estava na lista. Ele [o presidente] atendeu os parlamentares no piso inferior, em uma sala reservada, e nem ali pude ter acesso. É um fato lamentável. Estou voltando para a cidade, porque trabalhando lá ganho mais do que ficar esperando sem retorno nenhum.

O prefeito complementa:

— "Consegui um helicóptero particular, de um amigo, para ver a dimensão do estrago na minha cidade. De lá para cá, mais nenhum contato [do governo do Estado]. Quem precisa é a cidade, e não o Juliano, para retomarmos a nossa autoestima. Mas tudo bem... Vou fazer todos os projetos e pedir auxílio para o governo do Estado que até agora só nos deu 14 rolos de lona".
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