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Agro

Prática conservacionista em Ipiranga do Sul garante incremento de 23 toneladas de biomassa vegetal

Neste ano, o produtor Jaime Remor e seu filho, optaram pela implantação de um mix de plantas de cobertura, composto de uma mistura de nabo forrageiro, trigo mourisco e capim sudão.

Terezinha Vilk/Emater/RS
por  Terezinha Vilk/Emater/RS
26/05/2020 15:35 – atualizado há 3 anos
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A Emater/RS-Ascar, através do Escritório Municipal de Ipiranga do Sul, vem desenvolvendo um projeto de Unidade de Referência de Manejo e Conservação de Solo, junto à família do agricultor Jaime Remor, desde 2016, em uma área de 23 hectares. O objetivo é aplicar e divulgar práticas de manejo do sistema plantio direto, como por exemplo, colher e plantar, rotação e sucessão de culturas e de estruturas hidráulicas de contenção de água, entre outros.

Uma dessas práticas é a implantação de plantas de cobertura, que objetivam diminuir o período de janela outonal, ou seja, o período entre a colheita de soja ou milho e o plantio da próxima cultura, como trigo ou cevada, evitando assim que o solo fique descoberto neste período.

Divulgação Emater/RS-Ascar

Neste ano, o produtor Jaime Remor e seu filho, o engenheiro agrônomo Mateus Remor, optaram pela implantação de um mix de plantas de cobertura, composto de uma mistura de nabo forrageiro, trigo mourisco e capim sudão. Em amostras coletadas na área, houve um incremento médio de 32 toneladas de biomassa vegetal por hectare, “o que corresponde a aproximados 2.500 quilos de massa seca por hectare”, avalia o extensionista rural e engenheiro agrônomo do Escritório Municipal de Ipiranga do Sul, Bruno Utermoehl.

O manejo da biomassa produzida pelo mix de plantas de cobertura foi realizado através da dessecação seguido de acamamento. Para este manejo foi utilizado um implemento simples, feito pelo próprio agricultor, composto de toras de madeiras amarrados a pneus e puxados por um trator.

Desta forma, a biomassa forma um cobertor verde de proteção do solo, com vantagens como aumento da cobertura do solo, inibindo o desenvolvimento de plantas daninhas e evitando perdas de fertilidade de solo, principalmente por erosão, melhora as condições de plantio e aumento da ciclagem de nutrientes disponibilizados para a próxima cultura, entre outras vantagens.

“É visível e perceptível a diferença dessa lavoura em relação a lavouras vizinhas que não fizeram esta prática conservacionista, principalmente no que se refere à produção de biomassa vegetal”, compara o extensionista Utermoehl.

Divulgação Emater/RS-Ascar

A família de Jaime Remor é pioneira na implantação do sistema de plantio direto no Rio Grande do Sul, “é um ótimo exemplo de agricultor que mantém vivo os princípios do plantio direto, fundamentais no manejo conservacionista do solo e que podem ser um diferencial na manutenção de altas produtividades, mesmo em anos de estiagem”, garante o extensionista, ao ressaltar que esta atividade integra um conjunto de práticas realizadas pela Emater/RS-Ascar em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

 

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