Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Erasmo Salomão/MS
Saúde

Poliomielite: Vacina oral será substituída por imunização injetável

A mudança será discutida na próxima reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI), do Ministério da Saúde

Redação O Sul
por  Redação O Sul
20/06/2023 09:48 – atualizado há 43 segundos
Continua depois da publicidadePublicidade

A vacina oral contra a poliomielite (VOP), popularmente conhecida como gotinha, será substituída, de forma gradual, por uma versão injetável, a partir do próximo ano. Atualmente, o esquema de proteção contra a doença é feito com três doses injetáveis – aos 2, 4 e 6 meses de vida –, com a VOP como reforço aos 15 meses, e anualmente, na campanha de vacinação, até os 5 anos.

A mudança será discutida na próxima reunião da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI), do Ministério da Saúde, em julho.

Em nota, a pasta pontuou que “as estratégias de vacinação adotadas no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em conta o avanço tecnológico do setor e as novas evidências científicas, sempre discutidos no âmbito da CTAI”.

“A substituição da vacina oral contra a poliomielite por uma versão mais aprimorada do imunizante deve ocorrer gradualmente a partir do próximo ano e após avaliação da CTAI. O Ministério da Saúde reforça que todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, ressalta o ministério.

Com todas as aplicações injetáveis, a administração do fármaco se alinha às orientações mais atualizadas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Com a queda nas coberturas vacinais dos últimos anos, o ministério está em alerta para a reinserção de doenças erradicadas. O país não registra casos de poliomielite, por exemplo, desde 19 de março de 1989, há 34 anos.

Por esse motivo, a pasta antecipou a campanha de multivacinação, prevista para o segundo semestre, no Acre e Amazonas. Nesses locais, a mobilização começou em maio pelo risco de entrada da doença no país por meio da fronteira com o Peru, que voltou a registrar casos de pólio.

Movimento pela Vacinação

Manter o Brasil livre de doenças já eliminadas e diminuir o índice de mortalidade por causas imunopreveníveis são os objetivos mais claros do Movimento Nacional pela Vacinação. Mas há outro pressuposto: resgatar a alegria do ato de se vacinar. Foi o que lembrou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em sessão especial no Senado pelo Dia Nacional da Imunização, na última quinta-feira (15).

“O Zé Gotinha está em alta. Esteve no carnaval, no Rio de Janeiro, esteve na parada LGBT+. Ele está sempre presente quando queremos reforçar a campanha, mas a vacinação ainda precisa voltar a ser um orgulho do nosso país, como já foi”, destacou a ministra. 

Ela enfatizou que o personagem é sempre muito querido por onde passa e que os esforços do Ministério Saúde são para que esse apreço se estenda também ao ato de se imunizar.

“Queremos a nossa população protegida em todo o seu ciclo de vida, com as vacinas para cada faixa etária e temos uma responsabilidade também fundamental com a proteção das nossas crianças e adolescentes”, reforçou. 
Nísia ainda fez um apelo às famílias brasileiras: “não podemos deixar nossos jovens sem proteção”, informando que o próximo ciclo da etapa de multivacinação deve começar em agosto.

A ministra agradeceu aos parlamentares pela iniciativa e lembrou que o Congresso Nacional é fundamental na garantia de políticas públicas de saúde. 

“Também agradeço pela aprovação da chamada PEC da Transição, porque sem ela nós não teríamos os recursos necessários para todas as ações que estamos realizando no Ministério da Saúde”, recordou.

Ela também agradeceu especificamente às senadoras e aos senadores pela importante solenidade em prol da imunização e aos deputados pela criação de um colegiado específico para acompanhar o tema. As informações são do site Metrópoles e do Ministério da Saúde.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE