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Segurança

Polícia Federal prende pivô da Lava Jato em SC

Ordem foi do juiz federal Eduardo Appio, que assumiu os processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

NDMais
por  NDMais
21/03/2023 08:48 – atualizado há 3 meses
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A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (20), o doleiro Alberto Youssef. A determinação foi do juiz federal Eduardo Appio, que assumiu em fevereiro os processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, antigo posto do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Youssef foi preso em Itapoá, litoral de Santa Catarina.

Agência Brasil/Divulgação

Na decisão, o magistrado questiona o acordo feito com o então juiz Moro e afirma que a Receita Federal demonstra que o ex-doleiro não devolveu todos os valores que recebeu ilicitamente e leva vida “privilegiada”, além de ter deixado de informar à Justiça Federal seu endereço atualizado.

“Note se que no acordo de delação o ora investigado ficou obrigado a devolver apenas uma pequena parte de seu vasto patrimônio (devolver R$ 1.893,00), além de bens imóveis de difícil alienação. Ora, a própria Receita Federal denuncia que o investigado teria se apropriado de valores muito superiores aos valores acordados”, aponta o juiz.

O pedido de prisão preventiva determina que Youssef faça uma audiência de custódia com a Justiça Federal de Curitiba nesta terça-feira (20). O MPF pediu ainda a quebra do sigilo de dados telefônicos do ex-doleiro.

Postura de Youssef seria “incompatível” com liberdade provisória
Appio afirmou ainda que o investigado foi articulador de diversas organizações criminosas ao longo dos últimos 20 anos, “sendo certo que a sua multirreincidência revela sua incompatibilidade com o regime de liberdade provisória”.

“A Operação Lava Jato demonstrou, com juízo de total certeza, que Alberto Yousseff, além de multireincidente em crimes econômicos e de lavagem de dinheiro nos últimos vinte (20) anos, tornou se o personagem central da engrenagem que permitiu o desvio de muitos milhões dos cofres públicos e das estatais”, afirmou o magistrado.

Prisão anterior
Youssef foi preso pela Lava Jato em março de 2014. A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) o acusou de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras. O doleiro passou 2 anos e 8 meses na prisão e deixou a cadeia em novembro de 2016.

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