O projeto-piloto que prevê a realização de perícias médicas do INSS com uso de telemedicina começa nesta terça-feira (3). O teste vale apenas para a concessão de auxílio-doença. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, "neste momento, o procedimento será para um grupo restrito de pessoas, os segurados das empresas que possuem acordo de cooperação com o INSS e que tenham formalizado o termo de adesão à experiência piloto."
Entenda o projeto
No começo do mês, o governo encaminhou ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma proposta de testar a realização de perícias do INSS com o uso de telemedicina. O tribunal havia cobrado a elaboração de um plano de perícias à distância para diminuir a fila de concessão de benefícios. "Reforçamos que não se trata do início do serviço de realização de perícia médica com uso de telemedicina, mas tão somente uma experiência piloto", informou a secretaria.
Como deve funcionar?
A proposta é que um médico do trabalho contratado pela empresa acompanhe o funcionário na perícia médica virtual. O empregado deve concordar com o procedimento. No atendimento, o médico da empresa terá que realizar todos os testes solicitados pelo perito médico federal e responder a questionamentos. Ele não poderá intervir nas perguntas feitas diretamente ao funcionário. O perito do INSS, por sua vez, pode conceder o auxílio-doença, negar, ou pedir para que o funcionário compareça a uma agência, caso não fique claro se há ou não o direito ao benefício.
Como saber se a empresa em que trabalho está no projeto?
Segundo o INSS, há cerca de 300 empresas em parceria com o instituto.
Perícia online vale para qualquer benefício?
O documento enviado ao TCU diz que a experiência é apenas para a concessão de auxílio-doença, que passou a se chamar auxílio por incapacidade temporária após a reforma da Previdência. Assim, o projeto-piloto não valerá para:
O que acontece ao final do projeto-piloto?
Após a conclusão do piloto, a experiência será avaliada. "Posteriormente haverá um workshop envolvendo SPREV, INSS e outros órgãos (TCU, CGU, MPF, DPU), para avaliar os resultados e emitir recomendações sobre a continuidade ou não da perícia médica com uso da telemedicina, no formato proposto no protocolo", informou a secretaria. O projeto-piloto segue até 31 de dezembro deste ano.