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Cidade

Pela 2ª vez na história, RS tem mais registros de morte do que nascimentos

Queda na diferença entre nascimentos e os óbitos no RS vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia.

Larissa Mascolo/Assessoria
por  Larissa Mascolo/Assessoria
04/05/2021 10:30 – atualizado há 2 anos
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Pelo segundo mês desde que se iniciou a pandemia da COVID-19, o Rio Grande do Sul registrará um mês com mais óbitos do que nascimentos. Com cerca de 11 milhões de habitantes, o Estado tem até esta sexta-feira (30.04) 10.884 óbitos e 10.218 nascimentos, diferença de mais de 600 óbitos a mais do que nascidos vivos. O fenômeno se repete na capital gaúcha, que teve 2.077 óbitos e 1.311 nascimentos, registrando o décimo mês com decréscimo populacional de sua história.

Os dados preliminares, uma vez que registros de abril ainda podem ser lançados, constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

"É de extrema importância o auxílio que o Registro Civil tem dado à sociedade e ao Poder Público com a divulgação de dados sobre os atos praticados no Portal da Transparência do Registro Civil, especialmente na disponibilização de dados estatísticos sobre Covid-19",
destaca o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul, Sidnei Hofer Birmann.

A queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos no Estado vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia da COVID-19. Em janeiro de 2020, esta diferença era de 5.013 registros de nascimentos a mais. No mês passado, o RS vivenciou o primeiro mês com mais óbitos que nascimentos e o recorde negativo em sua história, com 3.905 óbitos a mais, fato que se repetiu neste mês, com 746 falecimentos a mais do que nascidos vivos.

Na capital gaúcha, a realidade é semelhante, com uma diferença entre os dois atos que vinha caindo ao longo dos anos, mas se acentuou com a chegada do novo coronavírus. Em janeiro de 2020 eram 407 nascimentos a mais. Já julho e agosto de 2020 registraram os primeiros meses com mais óbitos do que nascimentos, fato que viria a se repetir no mês de março deste ano.

Brasil

No País, a região Sudeste, com cerca de 85 milhões de habitantes tem até esta sexta-feira (30.04) 81.525 óbitos e 76.508 nascimentos, realidade que se repete em três dos quatro Estados que compõe a região: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo que os dois primeiros registram também o primeiro mês com maior número de mortes do que de nascidos em seus territórios na série histórica.

Além do Sudeste e dos três Estados com mais óbitos do que nascidos na região, o Rio Grande do Sul também registrou um maior número de mortes do que nascimentos em abril. Entre as capitais brasileiras, nove viram os óbitos superarem o número de nascidos vivos, sendo que em quatro delas isso ocorre pela primeira vez desde o início da série história, em 2003: São Paulo (SP), Curitiba (PR), São Luís (MA) e Vitória (ES). As outras cinco, Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), já haviam registrado este fenômeno em meses anteriores.

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