Mãe pela primeira vez, Raiza da Silva de Andrade deu à luz gêmeos e um deles nasceu empelicado. O parto de bebê ainda na bolsa amniótica é considerado raro e encantou a equipe do Hospital Público Geral de Castelo de Sonhos João Trevian Sobrinho, que atende baixa complexidade na região do Xingu em Altamira, sudoeste do Pará.
“Sorte de a bolsa não romper e a gente conseguir testemunhar o momento mágico daquele bebê ali dentro ainda se mexendo, vendo a vida começar”, diz Katrine Lopes, médica obstetra que acompanhou o parto.
O nascimento foi divulgado na noite de sexta-feira (7) pela unidade de saúde. A mãe e os filhos estão bem e seguem em observação, aguardando alta. O hospital não informou de quantas semanas os irmãos nasceram e se há previsão de eles irem para casa. Ainda emocionada, a mãe agradeceu aos cuidados que tem recebido.
“Pra mim, foi um parto muito bom. Meus filhos estão com saúde. Só posso agradecer por todo o cuidado”, disse Raiza da Silva.
A menina nasceu com a bolsa estourada e o irmão, dentro da bolsa amniótica. Segundo Allan da Costa, técnico de enfermagem instrumentador há dois anos, este foi o parto mais marcante que já auxiliou.
O que é nascer empelicado?
O parto com bebê empelicado ocorre quando a bolsa amniótica, que fica em volta do bebê na gestação, não se rompe, mesmo com o trabalho de parto.
Como o saco gestacional costuma estourar no trabalho de parto, um bebê nascer empelicado é considerado raro, sendo mais comum em caso de gêmeos e em nascimentos prematuros.