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Remo Casilli/Reuters
Mundo

Papa lembra vítimas da pandemia em mensagem pelo Dia Mundial da Paz

Ele pede que as vacinas cheguem também aos países mais pobres

Agencia Brasil
por  Agencia Brasil
17/12/2020 10:49 – atualizado há 3 anos
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O papa Francisco lembrou hoje (17) as vítimas da pandemia eos que se dedicaram ao cuidado dos doentes, em mensagem pelo DiaMundial da Paz, e pede que as vacinas cheguem também aos paísesmais pobres.

Na mensagem pelo 54º Dia Mundial da Paz 2021 (1º dejaneiro) com o título "A cultura do cuidado como percurso paraa paz", divulgada nesta quinta-feira, ele diz que apandemia agravou outras crises, como a climática, a alimentar, aeconômica e a da migração.

"O ano de 2020 ficou marcado pela grande crise sanitária dacovid-19, que se transformou num fenômeno plurissetorial e global,agravando fortemente outras crises interrelacionadas como aclimática, alimentar, econômica e migratória, e provocando grandessofrimentos e incómodos", escreve o papa na mensagem.

Ele lembra ainda os que perderam familiares ou pessoas queridas,os que ficaram sem trabalho e todos os que trabalham na linha dafrente.

"Penso, em primeiro lugar, naqueles que perderam um familiarou uma pessoa querida, mas também em quem ficou sem trabalho. Lembrode modo especial os médicos, enfermeiras e enfermeiros,farmacêuticos, investigadores, voluntários, capelães efuncionários dos hospitais e centros de saúde, que seprodigalizaram - e continuam a fazê-lo -, com grande fadiga esacrifício, ao ponto de alguns deles morrerem quando procuravamestar perto dos doentes, a fim de aliviar os seus sofrimentos ousalvar-lhes a vida".

O papa também reitera seu apelo "aos políticos e ao setorprivado para que adotem as medidas apropriadas, a fim de garantir oacesso às vacinas contra a covid-19 e às tecnologiasessenciais necessárias para prestar assistência aos doentes e aosmais pobres e frágeis ".

Algumas organizações não governamentais assinaram recentementeum documento alertando que "nove em cada dez pessoasem países pobres não terão acesso à vacina contra a covid-19 nopróximo ano."

O texto adverte também para o ressurgimento de várias formas de"nacionalismo, racismo, xenofobia e também guerras econflitos", que "semeiam morte e destruição".

"É doloroso constatar que, infelizmente, junto com numerosostestemunhos de caridade e solidariedade, várias formas denacionalismo, racismo, xenofobia e mesmo guerras e conflitos quesemeiam morte e destruição estão a ganhar novo impulso".

Francisco propõe na mensagem "a cultura do cuidado comoforma de paz" e "a erradicação da cultura daindiferença, da rejeição e do confronto, que hoje costumaprevalecer".

"Encorajo todos a se tornarem profetas e testemunhas dacultura do cuidado, para preencher tantas desigualdades sociais",afirma.

Ele destaca que "isso só será possível com o papelgeneralizado da mulher, na família e em todas as esferas sociais,políticas e institucionais".

O papa lamenta que "em muitas regiões e comunidades já nãose lembrem de uma época em que viviam em paz e segurança" edenuncia o "desperdício de recursos com armas, em particularcom armas nucleares" considerando que os recursos deveriam serutilizados para prioridades a fim de garantir a segurança daspessoas, como a promoção da paz e do desenvolvimento humanointegral, a luta contra a pobreza e a satisfação das necessidadesde saúde.

"Que decisão corajosa seria criar um fundo global com odinheiro usado em armas e outras despesas militares para poderderrotar definitivamente a fome e ajudar o desenvolvimento dos paísesmais pobres!", defende.

Francisco observa que a educação solidária deve partir dafamília, "onde se aprende a conviver na relação e no respeitomútuo", mas lembra que é também missão da escola e dauniversidade e, da mesma forma, em alguns aspectos, da comunicaçãosocial ".

Por outro lado, considera que "as religiões em geral, e oslíderes religiosos em particular, podem desempenhar papelinsubstituível na transmissão aos fiéis e à sociedade dos valoresda solidariedade, do respeito pelas diferenças" e do cuidadocom os mais frágeis.

Francisco pede a todos que "alcancem o objetivo de umaeducação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta paciente, diálogoconstrutivo e compreensão mútua".

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo papa Paulo VI(1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do ano.



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