Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Segurança

Operação Vírion: PF combate fraudes no uso de recursos para Covid-19 em oito estados e no DF

O Rio Grande do Sul também é alvo de mandados.

CP
por  CP
13/08/2020 08:48 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a operação Vírion, com o objetivo de investigar suspeitos de integrarem uma organização criminosa que teria se formado durante a pandemia para fraudar licitações de produtos e serviços para o enfrentamento da Covid-19 no estado de Roraima. O Rio Grande do Sul também é alvo de mandados.

As contratações suspeitas de irregularidades envolveriam aproximadamente R$ 50 milhões, utilizados na aquisição de insumos médico-hospitalares básicos, respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais particulares.

Mais de 150 policiais federais, com apoio de servidores da Controladoria-Geral da União, cumprem 36 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal. Entre eles: Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Roraima e Santa Catarina, além do estado gaúcho.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região após representação da autoridade policial e manifestação favorável da Procuradoria Regional da República.

O inquérito policial aponta que um ex-secretário de saúde de Roraima, enquanto no cargo, teria se articulado com um deputado estadual e direcionado contratações para empresas integrantes do esquema, inclusive promovendo o rateio de percentuais de quanto seria direcionado a quais empresas.

O parlamentar solicitaria a servidores que dessem andamento aos processos e pagamentos, inclusive cobrando valores antecipados destinados às empresas do esquema. Um ex-deputado estadual também atuaria na organização.

Polícia Federal / Divulgação / CP

Investigação

As investigações apontam que a organização criminosa se aproveitaria da possibilidade de contratações diretas, em razão da pandemia, para facilitar os crimes. Os procedimentos não seguiam ordem cronológica, processos mais antigos eram preteridos em favor dos de interesse do grupo. O trâmite era concentrado em único setor da Secretaria de Saúde, sem qualquer transparência ou publicações.

A CGU identificou diversos indícios da prática de sobrepreço e de irregularidades nas contratações e nos pagamentos. Além disso, também foi apontada pela CGU a falta de transparência na execução dos recursos federais destinados à Roraima, o que dificulta a própria fiscalização dos gastos. As investigações continuam.

O nome da operação faz referência ao "estágio" do vírus no qual ele se encontra na forma infectiva.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE