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Saúde

Novembro Azul: especialista alerta sobre câncer de próstata

Sociedade Brasileira de Urulogia estima 65 mil novos casos da doença este ano

CP
por  CP
03/11/2022 17:38 – atualizado há 1 ano
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O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais frequente no homem no Brasil - atrás apenas do câncer de pele não melanoma -, mas quando diagnosticado precocemente tem 90% de chances de cura. Apesar das campanhas de conscientização, muitos homens ainda resistem a buscar atendimento médico e realizar exames preventivos. Para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, uma série de ações pelo país marca o Novembro Azul, o mês da conscientização sobre a saúde do homem.

Conforme a Sociedade Brasileira de Urulogia (SBU), este ano, serão diagnosticados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata. O urologista Andrei Cardoso Centeno, que atua no Hospital São Lucas da PUCRS, afirma que o mês de novembro é marcado pelo aumento da procura por informações e atendimentos.

“Um a cada seis homens vai ter algum tipo de câncer de próstata. Hoje em dia, quando a gente faz diagnóstico precoce, as taxas de cura são acima de 90%, o que é muito bom. Muitos homens têm receio de procurar médico e descobrir uma coisa ruim, mas na verdade são janelas de oportunidades para fazer um tratamento curativo”, explica.

Centeno recomenda que homens a partir dos 45 anos de idade, com histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio, negros e obesos devem fazer o exame de sangue da próstata (PSA) e o exame de toque retal. Para todos os demais, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.

“Muitos homens acabam se preocupando com exame de toque, que dura menos de 5 segundos, é rápido, não dói e não deixa sequela. É um exame necessário que pode acabar diagnosticando nódulos na próstata. É um exame complementar ao PSA. Os dois são fundamentais”, afirma.

Conforme Centeno, estudos apontam ainda que a doença é mais agressiva em pacientes negros. Em geral, o diagnóstico precoce apresenta boa perspectiva de cura. “Se pegamos no começo, temos oportunidade de tratar. Os principais tratamentos são cirurgia e radioterapia. Com as novas tecnologias que temos hoje, os efeitos do tratamento são cada vez menores”, revela. O urologista reforça que muitos homens demonstram preocupação com possíveis efeitos adversos do tratamento, como incontinência urinária e disfunção erétil.

“Essa possibilidade é cada vez menor, com chance de incontinência urinária muito baixa e a impotência sexual cada vez menor, pois utilizamos técnicas de cirurgias minimamente invasivas”, completa. No entanto, ele alerta que nem todo tipo de câncer de próstata necessita de cirurgia, uma vez que o paciente pode ser acompanhado através da vigilância ativa. “São casos que têm risco baixo de crescer e progredir. Não é necessário tratar com cirurgia ou radioterapia, só acompanhar e fazer monitoramento”, observa. Ele ressalta que a busca por atendimento aumenta entre outubro e dezembro, mas diminui a partir de janeiro.

Entre os fatores de risco para desenvolver a doença e outros tipos de câncer estão o tabagismo e a obesidade. Conforme a SBU, o câncer de próstata em fases iniciais, quando em 90% dos casos pode ser curado, não apresenta sintomas. Por isso, a SBU ressalta todos os anos a necessidade de ir ao médico para verificar a saúde da glândula. Ao apresentar sintomas, o câncer já está numa fase mais avançada e pode causar vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen.

Os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença são:
– Histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio;
– Homens da raça negra;
– Obesidade.

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