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A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório alarmante sobre a escalada contínua das concentrações de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Segundo o levantamento, as médias globais de CO2 atingiram níveis sem precedentes, chegando a 418 partes por milhão em 2022, um aumento significativo em comparação com as médias históricas. Este valor representa um aumento de 50% em relação aos níveis da era pré-industrial e continua a crescer em 2023.
O secretário-geral da OMM destacou a gravidade da situação, enfatizando que as mudanças climáticas estão se manifestando não apenas no aumento das temperaturas, mas também em uma série de transformações atmosféricas preocupantes. O planeta tem testemunhado ondas de calor extremas, com quase metade do mundo enfrentando inundações aumentadas e um terço experimentando secas mais severas. Estes eventos, que devem se intensificar até 2060, ameaçam diretamente a vida humana e a estabilidade dos ecossistemas.
Um estudo complementar publicado pela revista The Lancet, conduzido por mais de 100 pesquisadores e combinando dados da ONU com 52 centros de pesquisa, projeta um aumento de quase cinco vezes nas mortes relacionadas ao calor até 2050. Além disso, o estudo prevê que as secas se tornarão mais frequentes e intensas, colocando milhões em risco de fome e aumentando a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, que se beneficiam das temperaturas mais altas para expandir seu alcance geográfico.
Os cientistas estão soando o alarme sobre o aumento das temperaturas globais, que estão acelerando a disseminação de doenças e causando outros impactos climáticos adversos. Este relatório da OMM é um chamado urgente para a ação global, enfatizando a necessidade crítica de abordar as mudanças climáticas e seus efeitos devastadores.
