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Segurança

Ney Machado, ex-braço direito de Fernandinho Beira Mar morre em Passo Fundo

Ney Machado, chegou a ser apontado como o responsável por 70% da droga que entrava no Rio Grande do Sul no início dos anos 2000.

Radio Uirapuru
por  Radio Uirapuru
11/01/2023 10:06 – atualizado há 1 ano
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Ney Machado, ex-braço direito de Fernandinho Beira Mar morreu nesta terça-feira (11), em Passo Fundo. Machado trabalhava em sua fruteira, quando foi atingido por disparos de arma de fogo, por indivíduos que estavam em um veículo. O fato aconteceu na segunda-feira (10), no Bairro Petrópolis.

Divulgação Rádio Uirapuru

Segundo informações da Rádio Uirapuru, ele foi atingido no peito e no pescoço e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Clínicas, onde passou por cirurgia. 

A ocorrência tá sendo investigada pela Delegacia de Homicídios. Segundo a delegada Daniela de Oliveira Mineto, ainda é cedo para saber a motivação do ocorrido. Nenhuma possibilidade é descartada.

No passado, Ney Machado foi uma pessoa ligada ao tradicionalismo de Passo Fundo. Por muitos anos esteve à frente do CTG Fagundes dos Reis como patrão da entidade.

MUNDO DO CRIME

O ex-patrão de CTG, Ney Machado, deixou Passo Fundo para virar patrão do tráfico. Era o braço direito de Fernandinho Beira-Mar, controlando as operações de fornecimento de droga do criminoso no sul do Brasil. 

Residiu no RS até 1996, quando teve a prisão decretada e fugiu para o Paraguai. Conhecido como Pitoco, foi preso em 19 de fevereiro de 2001 na região de Barranco de Minas, na Colômbia, durante a Operação Gato Negro, do Exército do país. 

Ele estaria sob proteção das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Em 2005, foi extraditado para o Brasil.

Ney Machado chegou a ser apontado como o responsável por 70% da droga que entrava no Rio Grande do Sul no início dos anos 2000.

Investigações feitas pela Polícia Federal entre o final de 2005 até início de 2007, apontaram que que a quadrilha a qual Ney pertencia movimentava cerca de R$ 500 mil por semana com o tráfico, alcançando até R$ 2 milhões por mês.

A droga era levada da Colômbia para o Paraguai em forma de pasta-base. Além do transporte terrestre, uma das principais formas de entrada da cocaína no Rio Grande do Sul era através dos arremessos aéreos em propriedades da região.

Ney também tinha relação com outro conhecido grande traficante, José Paulo Vieira de Mello, o Seco, que assumiu o seu lugar quando ele foi preso. A amizade dos dois nasceu em Passo Fundo, quando ambos moravam na Petrópolis e se conheceram em eventos esportivos.

Ney foi preso e em 2018 adquiriu o direito a progressão para o regime semiaberto. Ele estava recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e então se apresentou no Instituto Penal Padre Pio Buck em Porto Alegre para a colocação de tornozeleira eletrônica. 

Desde então seguia no semiaberto quando nesta semana sofreu o ataque.

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