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Saúde

Na Itália, tudo fechado; ruas vazias e medo nas casas com o coronavírus

Entre as medidas extraordinárias, válidas até dia 1º, há restrição na circulação entre as cidades afetadas, fechamento de 5.500 escolas, além de creches, teatros, cinemas e museus.

Isto É
por  Isto É
25/02/2020 09:47 – atualizado há 3 anos
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Máscaras, ruas vazias e espaços públicos com eventos cancelados, incluindo missas. A apreensão cresce na Itália no ritmo da divulgação de novos casos. Há três anos em Milão, o primeiro contato da jornalista brasileira Mari di Pilla com a situação se deu na quinta-feira, durante um desfile na semana de moda local. “Já se comentava bastante, mas ninguém ainda usava máscara. No dia seguinte, tudo mudou e o uso se generalizou. Até que no domingo dois desfiles importantes foram cancelados”, conta ela.

Um decreto do Ministério da Saúde, com disposições específicas e destinadas aos residentes da Lombardia, foco do surto em 11 cidades, cancela eventos e pede às pessoas um “toque de recolher voluntário”, ao “evitar frequentar lugares superlotados e de participar de manifestações”.

Entre as medidas extraordinárias, válidas até dia 1.º, há restrição na circulação entre as cidades afetadas, fechamento de 5.500 escolas, além de creches, teatros, cinemas e museus. Anteontem, o chefe da região do Vêneto, Luca Zaia, suspendeu até o tradicional carnaval de Veneza.

Na Itália se fala de tudo e de modo confuso: isolamento, fechamento de escolas, cinemas, teatros. Mas a cada nova notícia, o resultado é o mesmo, com as pessoas correndo para estocar comida.

Mas até as missas estão canceladas no norte da Itália. Enterros e casamentos podem ser celebrados, mas somente com a presença dos parentes próximos. A Igreja até sugere assistir missas pela TV. Padre Gabriele Bernardelli, pároco da cidade de Castiglione d’Adda, dirigiu uma mensagem comovente aos fiéis. “Percebemos a nossa impotência e, por isso, gritemos a Deus a nossa surpresa, o nosso sofrimento, o nosso temor.”

OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na segunda-feira que “temos de frear a epidemia” o mais rápido possível, pois o vírus do Covid tem potencial pandêmico. Oficialmente, está mantido o status de emergência sanitária internacional para o vírus.

Por enquanto, o que difere o atual momento do que ocorreu na pandemia de gripe aviária, em 2009, é a abrangência. “Não há complicações graves ou mortes em larga escala”, observou o especialista.

Além disso, grande parte dos casos continua ligada à China.

Brasil

O Ministério da Saúde adicionou na segunda-feira oito países na lista de alerta do novo coronavírus, incluindo Itália, Alemanha e França. Além desses, entram no rol do governo Austrália, Filipinas, Malásia, Irã e Emirados Árabes. Isso significa que serão considerados suspeitos da doença passageiros que estiveram nesses locais e apresentem sintomas, como febre forte e tosse. O novo protocolo, antecipado pelo estadao.com.br, é resultado da confirmação de transmissão do vírus dentro desses países.

O registro de sete mortes na Itália, além de quarentena em 11 cidades do país, elevou o alerta global.

Medidas

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o governo está em fase final de compra de equipamentos, como máscaras e luvas. Já a contratação de mil leitos em hospitais, anunciada em janeiro, ainda está em análise.

O governo corre para garantir a compra de imunoglobulina, usado em pacientes com imunidade baixa e para amenizar efeitos de infecções. A ideia é trazer o produto emergencialmente da China e da Coreia do Sul, mas a finalização da importação espera aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Alberto Beltrame, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o País está preparado para eventual chegada do vírus. “Já estão identificados os hospitais e, se a doença evoluir, providências serão tomadas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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