
A fábrica será instalada no Distrito Industrial de Tio Hugo, ocupando uma área total de 14.313 m². A unidade terá como foco a produção de fertilizantes nitrogenados, com capacidade mensal de até 363,6 toneladas de amônia e 450 toneladas de hidróxido de amônio.
O processo produtivo da unidade envolve etapas como a desmineralização e eletrólise da água, geração de nitrogênio e síntese de amônia, com foco em eficiência energética e práticas sustentáveis. A fábrica será equipada com tecnologia avançada, incluindo reatores, eletrolisadores e tanques de grande porte, além de sistemas de controle ambiental voltados para o gerenciamento de efluentes, emissões atmosféricas e infiltração de águas pluviais.
A Licença Prévia concedida pela Fepam tem validade até agosto de 2030 e impõe diversas condicionantes ambientais, com foco na preservação da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica e no uso sustentável dos recursos naturais. O próximo passo da empresa será iniciar o processo de solicitação da Licença de Instalação.
Luiz Paulo Hauth, um dos empreendedores à frente da Begreen, destacou que o projeto de hidrogênio verde ganhou impulso graças ao apoio de diversos parceiros, incluindo o município de Tio Hugo — considerado por ele um local estratégico devido à oferta de água e energia, essenciais para a operação. Hauth também defendeu a descentralização da produção de hidrogênio verde no Estado e comemorou a participação de investidores japoneses como sócios no empreendimento. Por fim, agradeceu à Sema e à Fepam pelo trabalho técnico realizado durante o processo de licenciamento.
A empresa está entre as habilitadas a receber recursos do governo estadual por meio do Edital do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde, parte das estratégias de descarbonização lideradas pelo governador Eduardo Leite.
O objetivo é impulsionar a cadeia produtiva do hidrogênio verde no Rio Grande do Sul, viabilizando a produção, transmissão, armazenagem e uso desse combustível sustentável, tanto para o consumo interno quanto para mercados externos. A iniciativa também busca contribuir com a transição para uma economia de baixo carbono, posicionando o Estado como referência nacional no setor.
Este é o segundo projeto da Begreen licenciado para produção com hidrogênio verde, tecnologia considerada promissora para um futuro sustentável e para a redução das emissões de carbono, segundo Renato Chagas, presidente da Fepam. Em junho de 2025, a Fepam concedeu a Licença Prévia para a implantação da primeira planta de amônia verde do Estado, localizada em Passo Fundo. O hidrogênio verde é produzido por eletrólise da água utilizando energia renovável, como solar, eólica ou hidrelétrica, resultando em baixa ou nenhuma emissão de carbono.
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