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Cidade

Moradores do RS que estão fora do estado terão de permanecer fora ou buscar alternativa a ônibus

Governador Eduardo Leite suspendeu viagens interestaduais com veículo coletivo por causa do coronavírus

GZH
por  GZH
19/03/2020 22:27 – atualizado há 3 anos
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Seguindo a política adotada pelos governadores de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, Eduardo Leite suspendeu as viagens interestaduais de ônibus no Rio Grande do Sul em decreto publicado nesta quinta-feira (19). Pelos próximos 15 dias, moradores que estão em outros Estados terão de permanecer ou buscar alternativa aos coletivos para retornar para casa.

Leite afirmou que essa medida restritiva, combinada a outras limitações de deslocamento anunciadas em transmissão ao vivo pelas redes sociais, tem o intuito de "restringir o crescimento da disseminação do coronavírus". A iniciativa contraria o entendimento do governador de São Paulo e aliado, João Doria, que disse que a suspensão de setores de transporte "não é adequada para salvaguardar vidas".

Antes mesmo do decreto de Leite, empresas que operam no Estado já haviam suspendido deslocamentos devido às determinações de outros governadores. Na quarta-feira (18), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) proibiu o transporte internacional pelo período de dois meses no país e permitiu a redução dos horários nas viagens entre Estados.

Penha, Santo Anjo e Catarinense, entre outras, anunciaram a interrupção das atividades. As empresas informaram que os passageiros que já haviam comprado bilhetes podem remarcá-los, em geral, para o período de um ano ou pedir reembolso sem custo adicional. Para isso, os clientes devem entrar em contato com as companhias pelos canais de comunicação disponíveis em seus sites.

A norma de Leite também determina que os ônibus urbanos e rurais circulem somente com a capacidade de passageiros sentados, incluindo os coletivos que transitam entre cidades da Região Metropolitana.

No transporte intermunicipal, a restrição é mais rigorosa. Os coletivos só podem operar com metade dos lugares ocupados, de acordo com o decreto.

Diretor de operações da rodoviária de Porto Alegre, Giovanni Luigi assegura que a estação permanecerá aberta mesmo com a queda de passageiros já constatada. Segundo ele, todo o Estado seguirá sendo atendido.

– Nas viagens para Interior, vamos vender somente os assentos das janelas – avisa Luigi.

Em casos de trajetos que já foram comercializados com a lotação máxima, as empresas irão disponibilizar ônibus extra para o mesmo horário ou apresentar outra opção ao cliente.

– Vamos oferecer alternativas. Todos os serviços estão sofrendo adequações, vivemos um momento de exceção – disse o presidente da Planalto, Pedro Teixeira, que tem 220 ônibus em operação no Estado.

Diretor de operações da Ouro e Prata, Carlos Bernaud acredita que realocações devem ser exceções, uma vez que o movimento já caiu em torno de 40%. A empresa tem 150 coletivos em atividade no Rio Grande do Sul e 70 interestaduais.


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