Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Cidade

Menino de 11 anos coleta, vende latinhas e doa R$ 21,45 que arrecadou para hospital de Antônio Prado

Leonardo Cambruzzi Maziero juntou o material durante cinco dias para ajudar a entidade

GZH
por  GZH
08/04/2020 23:18 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

O gesto de um menino de 11 anos, morador de Antônio Prado, mostra que a solidariedade está ao alcance de todos. Preocupado com as notícias sobre a pandemia de coronavírus e com a escassez de recursos do sistema público de saúde, Leonardo Cambruzzi Maziero decidiu que iria fazer a parte dele para ajudar o único hospital da cidade em que mora. Com a venda de latinhas de alumínio, arrecadou R$ 21,45, que foram entregues à instituição na semana passada. Apesar de singela, a ação surpreendeu até mesmo a família do garoto e ganhou repercussão positiva nas redes sociais.

Léo, como é chamado, vive com a família em uma casa precária no interior da cidade Lucas Amorelli / Agencia RBS

Léo, como é chamado pelos familiares e amigos, conta que coletou latinhas durante cinco dias e depois vendeu o material para uma reciclagem da cidade. Tímido, ele diz que resolveu ajudar o hospital porque um dia também pode precisar dos cuidados da instituição:

— A gente nunca sabe quando pode precisar, né? — disse, por telefone.

Nas redes sociais, o menino, que sonha em ser goleiro ou caminhoneiro, detalhou a boa ação:

— Eu queria poder ter doado mil vezes mais que isso. Tudo o que eu consegui juntar de latas em uma semana está ali. Fiquei feliz, muito feliz de Deus me dar a oportunidade de ajudar — escreveu.

A mãe dele, Zuleide Cambruzzi, 32 anos, conta que foi surpreendida pela atitude do filho. A família, segundo a mãe, como renda familiar, eles contam com auxílio do Bolsa Família, no valor de R$ 212, e o Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência, que equivale a um salário mínimo. Zuleide e Adair Maziero também são pais de Eduardo, 4, e Rafael, 13.

— Eu fiquei bastante surpresa porque ele poderia ter comprado alguma coisa para ele com esse dinheiro. Na verdade, quem sempre é ajudado somos nós. Mas ele me disse “mãe, vou ajudar porque pode ser que esteja faltando esse dinheiro para comprar um respirador”. O Léo sempre teve um bom coração — afirma a dona de casa.

Família ganhará nova casa

Léo mora com os pais e dois irmãos Lucas Amorelli / Agencia RBS

Além da atitude positiva do filho, Zuleide conta que a família tem mais um motivo para comemorar: na última semana, a dona de casa foi informada que ganhará uma moradia com apoio da administração municipal. Atualmente eles vivem em uma casa na Linha Scavuzzi, em Antônio Prado.

O caso teve intermédio da Defensoria Pública, diante da situação de extrema vulnerabilidade social da família.

— Aqui onde estamos está caindo. Tem muitas frestas e buracos, entra bicho. O Léo e os irmãos acabam sofrendo. Graças a Deus conseguimos a ajuda da defensoria — acrescenta a mulher.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE