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Elza Fiuza/Agência Brasil
Segurança

Março fecha com cinco feminicídios a mais que em 2021 no Rio Grande do Sul

Com o resultado de março, o acumulado desde janeiro também fechou em alta, passando de 20 vítimas no primeiro trimestre de 2021, para 27 neste ano

O Sul
por  O Sul
14/04/2022 18:13 – atualizado há 1 ano
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O número de feminicídios no Estado em março subiu de três, no ano passado, para oito neste ano (166%), conforme dados divulgados nesta quinta-feira (14) pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Entre as vítimas, apenas uma tinha medida protetiva de urgência (MPU). O dado reforça o diagnóstico apresentado pelo Mapa de Feminicídios divulgado pela Polícia Civil com análise de todos os 96 casos registrados no ano passado – 89,6% das vítimas (86) não tinham o amparo de MPU vigente. Com o resultado de março, o acumulado desde janeiro também fechou em alta, passando de 20 vítimas no primeiro trimestre de 2021, para 27 neste ano (35%).

O cenário evidencia, mais uma vez, a urgência de conscientização entre a população gaúcha quanto à necessidade de levar à polícia todo e qualquer caso de abuso contra as mulheres tão logo se tenha conhecimento do fato e seja qual for a gravidade aparente.

Apesar da resposta das forças de segurança, com uma série de ações preventivas e elevado índice de resolução desse tipo de crime, uma mudança de contexto que faça prevalecer o respeito merecido pelas mulheres não será possível sem o engajamento da sociedade.

A denúncia, com anonimato 100% assegurado pelas autoridades, é o primeiro passo. Além do 190 da BM para situações de urgência, a SSP mantém o Disque-Denúncia 181 e o Denúncia Digital 181 (ssp.rs.gov.br/denuncia-digital) e a PC disponibiliza o WhatsApp 51 98444-0606 para a comunicação de qualquer suspeita de abuso.

Além desses canais, uma série de outras políticas públicas têm sido criadas e ampliadas visando a proteção da mulher e o combate à violência doméstica. Iniciado em 2019 pela PC, o projeto Salas das Margaridas já conta com 51 espaços especialmente preparado para o acolhimento de mulheres vítimas de abusos e agressões, espalhados por todas as regiões do Estado nas Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento. A instituição conta ainda com 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher.

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