Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Economia

Maior parte do faturamento das cooperativas gaúchas é do ramo agropecuário

Números foram apresentados nesta quarta-feira, no programa virtual Tá na Mesa da Federasul.

Rádio Guaíba
por  Rádio Guaíba
30/06/2021 19:58 – atualizado há 2 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

Mesmo no cenário de pandemia e estiagem, o cooperativismo do Rio Grande do Sul registrou alta de 6,4% no faturamento de 2020 em relação ao ano anterior. Nesta quarta-feira, no programa Tá na Mesa da Federação, transmitido pelo Facebook e YouTube da entidade, a Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) lançou o relatório Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2021, indicando um resultado recorde de R$ 51,2 bilhões.

Divulgação

O conjunto das cooperativas gaúchas, conforme o presidente da Ocergs, Vergilio Perius, teve aumento 17,9% em seu patrimônio líquido, o que significa o incremento de R$ 21,2 bilhões, e atingiu R$ 2,9 bilhões em sobras (economia das cooperativas dividida entre os associados), mais 22,5% em relação a 2019. O número de associados também subiu, de 2,97 milhões em 2019 para 3,07 milhões em 2020.

Somente as cooperativas agropecuárias gaúchas, no total de 132, registraram um faturamento de R$ 35 bilhões em 2020, 11,8% a mais que no exercício anterior. “Este crescimento pode ser considerado excepcional se pensarmos que o Rio Grande do Sul sofreu muito com a estiagem”, observa Perius. Ele ressalta que, atualmente, 63 cooperativas agropecuárias possuem planta agroindustrial, produzindo pelo menos 131 produtos com valor agregado. Segundo o dirigente, o setor espera melhores condições de financiamento oficial para investimentos em mais agroindústrias. “Com juros na casa dos 2,97% ao invés dos 6% atuais, quem sabe mais cooperativas possam instalar suas plantas”, completa.

As cooperativas do Estado, conforme Perius, geraram R$ 2,1 bilhões em tributos no ano de 2020, sendo R$ 1,1 bilhão em tributos estaduais, R$ 1 bilhão emtributos federais e R$ 80 milhões em municipais.

O presidente da Organização Brasileira das Cooperativas (Sistema OCB), Márcio Lopes de Freitas, que também participou do programa, destacou o impacto do Plano Safra 2021/2022 no cooperativismo agropecuário e as alternativas que o segmento tem buscado no crédito privado. Freitas salientou que, hoje, o orçamento para financiar a safra brasileira beira a R$ 1 trilhão e que os recursos disponibilizados pelo governo atendem apenas 28% deste montante. “Claro que o Plano Safra está dentro do possível, mesmo com a alta de juros, mas ele é insuficiente”, comenta, ao destacar que o setor cooperativo agro já vem realizando operações de captação de recursos no sistema financeiro privado, por meio de Cédula do Produtor Rural (CPR) e outros títulos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE