Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Cidade

Líderes da Câmara dos Deputados decidem mudar o relator do projeto da regulação das redes sociais

O presidente da Câmara Arthur Lira afirmou após a reunião de líderes que o texto anterior foi "polemizado" e perdeu as condições de ser votado na Casa.

Agência Câmara
por  Agência Câmara
09/04/2024 18:34 – atualizado há 24 segundos
Continua depois da publicidadePublicidade

Líderes da Câmara dos Deputados decidiram, em reunião nesta terça-feira (9), mudar o relator do projeto da Regulação das Redes Sociais e criar um grupo de trabalho para debater o texto.

O primeiro relator do texto foi o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A avaliação dos líderes é que Silva não conseguiu fazer o debate avançar e deixou seu texto se contaminar por polêmicas. Ainda não está definido quem será no novo relator.

Também não foi estabelecido um prazo para o grupo de trabalho concluir os debates sobre o novo texto.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou após a reunião de líderes que o texto anterior foi “polemizado” e perdeu as condições de ser votado na Casa.

“Fizemos um esforço. Nunca foi possível nesse texto ter um consenso pra votar. Com todos os líderes presentes ficou acertado que o projeto não teria como ir a pauta. Estamos formando hoje um grupo de trabalho composto por parlamentares de partido que queiram fazer parte”, afirmou Lira.

A discussão sobre o projeto de lei (PL) da Regulação das Redes Sociais voltou com força ao Congresso após os ataques do dono do X (antigo Twitter) ao Judiciário brasileiro.

Elon Musk chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ditador e ameaçou descumprir ordens da Justiça e reativar contas bloqueadas no X por terem divulgado informações falsas e ataques às instituições democráticas. Os bloqueios ocorreram no curso de inquéritos dos quais Moraes é o relator.

O atual texto sobre a regulação das redes, que está na Câmara, foi aprovado pelo Senado ainda em 2020. Em 2023, estava prestes a ser votado pelos deputados, mais foi deixado de lado por falta de consenso e pressão das big techs (as grandes empresas das plataformas sociais).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na esteira dos ataques de Musk, disse na segunda (8) que a regulação é “inevitável”. O mesmo defende o governo. A decisão agora está com a Câmara.

O grupo de trabalho deve debater também a regulação da Inteligência Artificial. Esse ponto, atualmente, não está no PL da Regulação das Redes.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE