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Após quatro dias detido, o homem de 20 anos suspeito de arremessar uma pedra contra ônibus da delegação gremista, em 26 de fevereiro, está solto, por decisão judicial. Desde quinta-feira passada, ele permanecia preso na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, cumprindo o período de quarentena obrigatório.
O advogado do jovem, Maiquel Veiga, relatou, em entrevista exclusiva à Rádio Guaíba, que a Justiça concedeu um Habeas Corpus ao cliente ainda nesse domingo, mas que a liberação ocorreu só nesta segunda-feira. O torcedor colorado atua como vidraceiro no litoral Norte.
“A Justiça concedeu Habeas Corpus por se tratar de um réu primário, que trabalha e estuda, e por ter sido também um evento isolado. Agora vamos esperar se a delegada vai indiciar ou não o meu cliente. Se indiciar, aí vamos ter que esperar a decisão do Ministério Público, se vai ou não oferecer denúncia”, completou o advogado.
O acusado, que não pertence a nenhuma torcida organizada do Inter, deve permanecer distante de estádios de futebol e fica proibido de frequentar eventos esportivos até a conclusão do processo. No domingo retrasado, ele assistiu ao Gre-Nal do Beira-Rio, mesmo depois de ter provocado, dias antes, a transferência da partida.
A delegada responsável pelo caso, Ana Caruso, garantiu que a Polícia Civil vai indiciar o homem pelo crime. A investigação ainda busca obter mais dados sobre as outras pessoas que aparecem também arremessando objetos no veículo da delegação gremista.
“Estamos fazendo mais diligencias para buscar outros suspeitos de terem participado deste ato. Segundo depoimento do suspeito, ele disse que havia outra pessoa distribuindo as pedras para arremessarem no ônibus do Grêmio. Ele reconheceu no vídeo a pessoa, mas também disse que estava embriagado”, esclareceu a policial.
O jovem deve ser indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual, mas a defesa dele tenta abrandar a acusação alegando que o fato representou um “comportamento e episódio único” na vida do cliente.
A Polícia não divulgou o nome do suspeito. Ele reside em Tramandaí, onde ocorreu a prisão. Na data do crime, a pedrada feriu na cabeça o jogador Villasanti, atingido dentro do coletivo, que seguia para o Beira-Rio. A pedra arremessada contra o ônibus pesa 3kg.
