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Segurança

Justiça mantém prisão de mãe que confessou matar filho em Planalto

Magistrada entende ser "imprescindível" manutenção da detenção de Alexandra Dougokenski, 33 anos, para continuidade das investigações

GZH
por  GZH
22/06/2020 21:48 – atualizado há 3 anos
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A juíza de Planalto Marilene Parizotto Campagna decidiu nesta segunda-feira (22) manter a prisão temporária por mais de 30 dias de Alexandra Dougokenski, 33 anos, que admitiu ter matado o filho, Rafael Mateus Winques, 11 anos, em Planalto, no norte do RS. A defesa da mãe pediu na sexta-feira (19) a liberdade da suspeita, com o argumento de Alexandra estar colaborando com as investigações, ser réu primária e ter endereço fixo. A Polícia Civil e o Ministério Público, por sua vez, solicitaram a prorrogação da prisão temporária.

Detida na Penitenciária Feminina de Guaíba, Alexandra está presa desde 25 de maio, quando confessou à polícia que matou e ocultou o corpo do filho. A suspeita afirma que exagerou na dosagem do medicamento Diazepan, pois o menino estava agitado, e sustenta que não teve a intenção de matar o garoto.

Rafael estava desaparecido desde 15 de maio. Alexandra chegou a mobilizar a polícia e o Conselho Tutelar nas buscas pelo filho que estava escondido em uma caixa de papelão na casa ao lado da sua residência. A Polícia Civil investiga o crime como homicídio doloso.

Na decisão, a magistrada argumenta que estão pendentes as conclusões de perícias, dentre as quais o auto de necropsia, os laudos toxicológicos o o resultado das extrações dos celulares apreendidos, além de outras diligências policiais. A juíza pondera ainda que "embora a investigada alegue que a morte da vítima seja resultado de agir culposo, há indícios da prática de homicídio doloso".

Na leitura de Marilene, diante do contexto, "a prorrogação da prisão temporária da investigada revela-se imprescindível para as investigações do inquérito policial, porquanto com a juntada dos laudos periciais pendentes e com a realização das diligências faltantes pode surgir a necessidade de outras diligências complementares, inclusive oitiva ou reinquirição de testemunhas, que podem ser influenciadas pela investigada, caso posta em liberdade."

Divulgação/Andresa de Marqui/IGP

Na última quinta-feira (18), por mais de seis horas, Alexandra contou e mostrou a delegados e peritos criminais a sua versão sobre a morte do filho.

Advogado de Alexandra, Jean Severo, diz receber a prorrogação da prisão com naturalidade e aguarda a chegada dos laudos periciais para o novo interrogatório da mãe:

— Foi confirmado que existia remédios na urina do menino e também que, se supostamente, a morte se deu por asfixia, foi no transporte do corpo, o que confirma nossa tese. Ela usou a corda para transportar o corpo, não para enforcar dolosamente o menino.


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