Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Cidade

Justiça mantém afastamento de trabalhadores da JBS Passo Fundo por 14 dias

Decisão foi proferida três dias depois da decisão de fechamento do comércio do Município

Radio Guaíba
por  Radio Guaíba
05/05/2020 08:57 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

O juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, Luciano Ricardo Cembranel, determinou na noite desta segunda-feira (04) afastamento de todos os empregados da JBS no município pelo período de 14 dias. O prazo conta a partir de 24 de abril, sendo que a Unidade foi interditada no dia anterior pela Inspeção do Trabalho (vinculada ao Ministério da Economia). 

Diário Causa Operária

A empresa também está obrigada a comunicar e verificar algum tipo de sintoma do Covid-19 antes do embarque do trabalhador no transporte para a empresa, quando fornecido pelo empregador, devendo ser impedido de ingressar na condução aquele que apresentar sintomas. A decisão atende – em parte – ação civil pública ajuizada em 18 de abril com pedido de urgência pela procuradora Flávia Bornéo Funck, do Ministério Público do Trabalho (MPT) passo-fundense e nega, também em parte, anulação da interdição pleiteada pelo frigorífico.

A JBS foi interditada por expor seus trabalhadores ao risco de contágio da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Durante a fiscalização, foram constatados 19 casos de trabalhadores confirmados com contaminação de Covid-19 e duas mortes de parentes dos empregados. Atualmente, a empresa possui 66 empregados confirmados (tendo em vista que os trabalhadores, mesmo afastados, ainda estão no chamado período de incubação – tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença) e quatro mortes de contatos próximos a trabalhadores confirmados.

O município tem 17 mortes devido à pandemia. Em 1º de maio, foi publicado Decreto Municipal determinando o fechamento das atividades comerciais, após enquadramento da região como de maior risco no Rio Grande do Sul, indicada por bandeira vermelha, categorização que fica atrás apenas da preta, que representa risco máximo.

A procuradora Priscila Dibi Schvarcz, gerente nacional adjunta do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos, do MPT, disse que a decisão de liberar o funcionamento do frigorífico ficou “bem aquém do que o MPT espera e reputa necessário para garantia de um ambiente minimamente seguro aos trabalhadores”. E acrescentou que “o MPT espera que a empresa, independentemente de ordem judicial, submeta todos os trabalhadores a testes e a consultas médicas específicas antes de retornar às atividades, a fim de evitar nova onda de contaminações no ambiente de trabalho”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE