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O júri popular do acusado de matar três bebês e duas professores em um ataque a creche na cidade de Saudades, na zona oeste de Santa Catarina, em maio de 2021, terá início na manhã desta quarta-feira (9). O julgamento acontecerá no Fórum de Pinhalzinho, e pode se estender por três dias.
O acusado da chacina na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, chegou ao fórum da comarca de Pinhalzinho por volta das 8h desta quarta-feira (9).
De acordo com o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), o reú responde por cinco homicídios e 14 tentativas de assassinato. O ataque à Escola Infantil e Berçário Pró-Infância Aquarela é considerado um dos casos mais trágicos do estado.
Para a realização do julgamento, um forte esquema de segurança foi organizado no interior do Fórum e nas ruas do entorno, que serão interditadas.
No início do julgamento, serão sorteados os sete nomes que formarão o Conselho de Sentença, que vai definir o destino do réu.
Em seguida, será iniciada a oitiva de seis vítimas, oito testemunhas de acusação e quatro de defesa. Provavelmente, o primeiro dia do júri será dedicado somente a esta primeira etapa.
Ao final das oitivas das vítimas e testemunhas, será a vez do interrogatório. Após, o promotor de justiça fará sua explanação por uma hora e meia, mesmo tempo concedido à fala da defesa do réu. O Ministério Público terá mais uma hora de fala caso deseje a réplica. A defesa também pode o mesmo tempo para tréplica.
Depois, o magistrado se reúne com os jurados, representantes da acusação e da defesa para a votação dos quesitos, que são as perguntas sobre o crime que formarão a sentença. Essa etapa deve durar cerca de três horas, pois serão aproximadamente 150 questões. Só com a leitura da sentença, o júri será finalizado.
Em 4 de maio de 2021, o réu invadiu a creche, armado com um facão, em Saudades e matou cinco pessoas: Keli Adriane Anieceviski, de 30 anos; Mirla Renner, de 20 anos; Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.
Em seguida, ele tentou cometer suicídio e golpeou o próprio pescoço, abdômen e tórax. Ele foi socorrido em estado gravíssimo e levado para um hospital do município de Pinhalzinho.
Na época, a Polícia Civil informou que o jovem era introspectivo, sofria bullying e vinha maltratando animais. Na época, ele cursava o Ensino Médio e trabalhava em uma empresa na cidade.
