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Educação

Impasse entre governo e Cpers torna imprevisível retomada das aulas no RS

Último balanço aponta que 115 das 2,5 mil escolas estaduais estão em paralisação total. Cpers não tem levantamento atualizado do número de escolas afetadas.

GZH
por  GZH
31/12/2019 00:05 – atualizado há 3 anos
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A greve dos professores estaduais, que começou em 18 de novembro contra o pacote de projetos que muda as carreiras do funcionalismo, segue sem data para terminar e provoca indefinição sobre o fim do ano letivo em parte das escolas afetadas. De um lado, o governo do Estado exige a retomada das aulas para negociar os dias parados. De outro, o Cpers-Sindicato, que representa os professores, reitera que não encerrará a paralisação sem o acerto sobre o período de inatividade.

O último balanço da Secretaria de Educação aponta que 115 das 2,5 mil escolas estaduais estão em paralisação total. Com os funcionários em férias coletivas, o Cpers não tem um levantamento atualizado do número de instituições de ensino afetadas.

Os alunos que precisarem de documentação para comprovação do encerramento do ano letivo (para ingresso em universidades e cursos técnicos, por exemplo) são orientados a procurar as escolas. Caso a instituição de ensino esteja fechada, os estudantes devem se dirigir à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) da sua região.

Neste domingo (29), em entrevista à Rádio Gaúcha, o secretário de Educação, Faisal Karam, reiterou o posicionamento indicado pelo governador Eduardo Leite, de que não haverá compensação aos educadores antes da conclusão do ano letivo de 2019:

— Enquanto não houver a recuperação total dos dias letivos, o governo, e por consequência a Secretaria de Educação, não sentará para fazer discussões.

De acordo com o sindicato, a posição do governo serve como intimidação à categoria, já que a capacidade de negociação estaria vinculada à manutenção da paralisação.

“A nós cabe lutar para preservar nossos direitos duramente conquistados. Seguimos mobilizados para derrotar o pacote e defender a própria existência da escola pública”, diz nota publicada na sexta-feira (27) pelo comando de greve do Cpers.
Aulas até 23 de janeiro
A indefinição torna impossível uma projeção sobre a finalização do ano letivo de 2019 na rede estadual. O governo já indicou que as aulas devem ir até o final de janeiro, com atividades aos sábados. Como os professores entrarão em férias apenas depois da conclusão das aulas, o início do próximo ano letivo também deve ser prejudicado.

No dia 19 de dezembro, o Cpers enviou às Coordenadorias de Educação orientações sobre a reposição das aulas nas escolas que aderiram à greve, com previsão de recuperação entre 21 de dezembro e 23 de janeiro. Ainda assim, parte das instituições ainda registra professores de braços cruzados.

Sem respostas do governo sobre uma tentativa de negociação, o Cpers planeja uma “auto agenda” na secretaria de Educação, na próxima quinta-feira (2).

Em dezembro, o sindicato entrou na Justiça para impedir o governo do Estado de cortar o ponto dos grevistas, mas o desembargador Glênio José Wasserstein Hekman, do Tribunal de Justiça, negou a liminar. O Cpers recorreu ao plenário da Corte, mas a decisão só deve sair em janeiro.

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