O governo espera forte aumento nos pedidos de seguro-desemprego nos próximos meses, em virtude da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Parte dessa alta começou a ser verificada em abril e maio, meses marcados pelas medidas de isolamento social, e deve se agravar ao longo do ano.
Segundo um técnico da pasta, a avaliação é que os programas de manutenção de empresas e empregos não serão capazes de evitar a crise e a falência de diversas empresas, em especial de pequenas e médias, que têm mais dificuldade de acesso a mecanismos de proteção. As falências vão ajudar a puxar para cima o número de desligamentos, disse essa fonte.
Nota técnica divulgada em maio pela secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia já previa aumento expressivo do desemprego e das falências até o fim de julho por causa da pandemia. “Em resumo, ao final do Período 2 (abril a junho), as contas públicas estarão deterioradas, o desemprego terá atingido parcela expressiva da população brasileira e teremos redução no número de empresas, decorrente de um grande número de falências e desistências”, diz a SPE.