O presidente Lula anunciou um novo modelo de crédito imobiliário que amplia o uso da poupança para financiar imóveis, especialmente voltado à classe média. A principal mudança é o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central, permitindo que todo o valor das cadernetas de poupança seja usado no setor habitacional. Além disso, o limite de valor dos imóveis financiados pelo SFH sobe de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. A expectativa é que a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil moradias até 2026. A medida busca fortalecer o financiamento habitacional diante da queda nos depósitos da poupança.

Entenda as mudanças
A reforma anunciada hoje “moderniza as regras” de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com o objetivo de maximizar a poupança como fonte de financiamento.
O modelo prevê o fim gradual do direcionamento obrigatório de 65% dos depósitos para habitação e dos depósitos compulsórios no Banco Central. Com a mudança, o total de recursos na poupança servirá como base para definir quanto os bancos devem aplicar em crédito habitacional, incluindo SFH e SFI.
A transição começa ainda em 2025 e o novo sistema será totalmente implementado em janeiro de 2027. A expectativa é impulsionar o crédito, especialmente via instrumentos como LCIs e CRIs, com 80% dos financiamentos seguindo as regras do SFH, que limita os juros a 12% ao ano.