O governador Eduardo Leite afirmou que o início de julho servirá para avaliar a performance do sistema de saúde no Rio Grande do Sul em meio à pandemia do novo coronavírus. Em videoconferência promovida pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Leite apresentou dados do Ministério da Saúde que apontam que a primeira semana daquele mês, historicamente, é a que registra pico de internações nos hospitais por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Além de detalhar as medidas de distanciamento social e os critérios adotados para abertura do comércio por regiões no Rio Grande do Sul, Leite explicou o impacto na economia gaúcha por conta da Covid-19 e a necessidade de buscar alternativas para o período de pós-pandemia. E reforçou que as medidas de distanciamento implementadas no Estado resultaram em menor circulação de outros vírus: “As próximas semanas serão importantes para a gente fazer análise de desempenho, de performance dos nossos hospitais”, afirmou, ressaltando que houve ampliação de 60% dos leitos de UTI.
Ao salientar que os protocolos de restrições do comércio definidos pelo governo visam garantir a segurança da população, Leite explicou que as medidas representam demonstração de confiança na sociedade gaúcha. “Não é razoável que viéssemos impor fechamento de lojas, estabelecimentos comerciais ou de atividades econômicas pela dúvida ou receio do cumprimento de protocolos. Preferimos confiar na população e estabelecer os protocolos que devem ser seguidos”, observou.
O governador afirmou que o aumento das internações em leitos de UTI em algumas regiões, como na Região Metropolitana e na Serra, ligou sinal de alerta no Palácio Piratini. Por conta disso, ele não descartou mudanças nos critérios adotados para liberação do comércio, que leva em consideração a divisão do estado por regiões. Conforme Leite, o governo avalia a possibilidade de estabelecer que municípios de uma região com restrição possam abrir o comércio, desde que apresentem argumentos e não tenham registrado, entre outras coisas, aumento de internações e óbitos. “Vários argumentos podem ser utilizados”, frisou.