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Glaucoma, uma doença silenciosa

Por Dr. Jeferson Skzypek – Médico Oftalmologista(CRM-RS29821) - Professor do Curso de Medicina da URI Erechim

Secom URI
por  Secom URI
08/07/2022 08:25 – atualizado há 2 anos
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O glaucoma é uma das principais causas de perda visual no mundo, sendo a principal causa de cegueira irreversível. Trata-se de doença crônica sem cura, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado e contínuo. Como nos estágios iniciais da doença esta é assintomática, recomenda-se avaliação oftalmológica completa para a população em geral, pois, quanto mais precoce for o diagnóstico, menores são as chances de o glaucoma levar à cegueira.

Os fatores de risco mais comuns, que favorecem o aparecimento da doença são: a idade avançada, hipertensão ocular, miopia elevada, raça negra e hereditariedade. O uso indiscriminado de corticóides também está relacionado com aumento da pressão intraocular, por isso deve ser relatado ao médico.

O glaucoma é uma neuropatia do nervo óptico caracterizada por uma perda progressiva do campo visual, que costuma ocorrer da periferia para o centro. É comum que ocorra a diminuição da área visual, mas sem perda da acuidade visual central, fato esse que pode vir a dificultar o diagnóstico nas fases iniciais. Na maioria das vezes, vem acompanhado de aumento da pressão intraocular.

Usualmente, o exame oftalmológico completo, em que o médico oftalmologista realiza a medida da pressão intraocular, o exame de fundo de olho e, quando necessário, solicita o exame de campo visual.

O tipo mais comum de glaucoma, o de ângulo aberto, está intimamente relacionado com a pressão intraocular. Também chamado de glaucoma crônico simples, representa mais de 80% dos casos da doença. Ele pode ser explicado por uma alteração na anatomia da região do ângulo da câmara anterior do olho, e essa alteração acaba por prejudicar o escoamento do humor aquoso que é produzido neste local. O humor aquoso fica acumulado dentro do olho, o que acaba por aumentar a pressão intraocular.

Esse aumento da pressão intraocular muitas vezes é assintomático no início da doença. A diminuição do campo visual acontece da periferia para o centro e só causa perda visual em estágios avançados. É importante salientar que o acúmulo de humor aquoso no interior do olho não está relacionado com sintomas de lacrimejamento excessivo ou sintomas perceptíveis na parte externa do olho. Por isso, é necessário o exame oftalmológico detalhado.

Em casos de glaucoma não tratado, o paciente apresenta perda de visão periférica, ou seja, quando olha para frente, enxerga nitidamente os objetos que estão distantes, porém, não vê o que está nas laterais, como se o olho estivesse observando através de um tubo. Nos estágios mais avançados, a visão central também é afetada e o glaucoma pode evoluir para a cegueira.

Sendo uma doença silenciosa, apenas com a consulta periódica com o médico oftalmologista podemos detectar e evitar a progressão da doença glaucomatosa de forma eficiente.



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