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O teste foi realizado na semana passada pela pesquisadora e professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Valéria Dutra, que atua no diagnóstico de pacientes com Covid-19 no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM).
Após passar pelos exames de sorologia e PCR a gata teve a doença confirmada. O animal convive em uma residência com um casal e uma criança já infectados pelo novo coronavírus.
"Ainda não se sabe como funciona a contaminação de animais e a possibilidade de transmissão para outras espécies ou seres humanos. É tudo muito novo e seguimos realizando testes para descobrir. O que temos confirmado é que a gata convivia com a família infectada, não apresenta qualquer sintoma e segue em isolamento com eles", acrescenta Valéria.
Há cerca de dois meses, a veterinária faz a coleta de amostras de cães e gatos de pessoas contaminadas pela Covid-19 e tratadas no HUJM. Até o momento, já foram realizados 14 testes, sendo o da gata o primeiro confirmado. A pesquisadora segue acompanhando um segundo caso suspeito, em Várzea Grande, cujo material já foi encaminhado para confirmação.
Nota de Esclarecimento: animais de estimação não transmitem coronavírus aos humanos
A notícia de que uma gata testou positivo para o coronavírus SARS-CoV-2 em Cuiabá (MT) reacendeu o debate sobre relação da covid-19 e os animais domésticos nesta semana. Porém, tanto a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), quanto a Organização Mundial de Saúde (OMS), emitiram pareceres nos quais afirmam que não existem evidências e estudos significativos para comprovar que os animais possam transmitir a doença aos humanos.
Desde o surgimento da pandemia, observa-se que os poucos animais com a infecção podem ter sido acometidos por meio do contato direto com tutores contaminados. Assim, entende-se que, neste momento, não há necessidade de alteração nos cuidados em relação à saúde dos animais domésticos, como cães e gatos. A orientação é que os tutores mantenham a alimentação balanceada, água fresca abundante, os calendários de vacinação e a higiene (banho e tosa).
Reiteramos que ainda não há evidências científicas de que os pets sejam uma fonte de infecção para humanos ou que o vírus possa se replicar entre animais. No entanto, é importante salientar que é imprescindível lavar as mãos antes e depois de interagir com os animais de estimação e seus pertences, assim como manter o distanciamento do seu pet, se você estiver doente.
O CRMV-RS reforça que o abandono de animais é crime, previsto no artigo 32º da lei 9.605/98, e que a rotina de cuidados com os pets deve ser mantidas pelos seus tutores.
